Especialistas também veem isso como motivo para processos disciplinares contra vários altos funcionários, noticiou a rádio de Copenhague na quinta-feira.
As autoridades sanitárias dinamarquesas advertiram então que a mutação poderia comprometer a eficácia das futuras vacinas Covid-19, por isso o governo aprovou urgentemente a matança de toda a população de martas, estimada em 15 milhões.
Dias depois foi descoberto que a lei só permitia o abate de animais em fazendas com contágio, então uma reforma legal foi aprovada no local, levando a protestos de criadores e da oposição, a renúncia do Ministro da Agricultura, e a criação de uma comissão aprovada pelo Parlamento.
O relatório considera as declarações da primeira-ministra social-democrata, Mette Frederiksen, quando anunciou o abate como “extremamente enganosas”, embora note que não se pode saber se ela estava ciente da falta de cobertura legal.
Em sua presença perante o comitê em dezembro, Frederiksen alegou que a reunião em que a medida foi discutida não discutiu sua legalidade, que ela não foi avisada até dias depois e que a decisão recaiu sobre a ministra da Agricultura, embora ela tenha reconhecido “erros” em uma situação “crítica”.
A comissão argumenta que existe uma base para um caso disciplinar por negligência grave contra o chefe da Polícia Nacional, Thorkild Fogde, e contra altos funcionários de vários ministérios, incluindo a chefe de departamento de Frederiksen, Barbara Berthelsen.
A “marta” (o caso da marta, como é conhecida na Dinamarca) tem sido a grande toupeira na gestão da pandemia de Frederiksen, inicialmente elogiada pela baixa taxa de mortalidade do país no contexto europeu.
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