Desde 1994, o setor apresenta suas propostas para os próximos anos aos candidatos ao poder. Tais sugestões para as eleições aparecem em 21 documentos enviados aos partidos políticos.
Esta edição conta com a participação de mais de 1.200 empresários de todo o país.
Segundo os organizadores, os candidatos eleitorais terão a oportunidade de debater os estudos elaborados pela CNI.
Da mesma forma, apresentam medidas que adotarão em seus governos para aumentar a produtividade das empresas e estimular o crescimento sustentado da economia nacional.
Está previsto para amanhã o Encontro Nacional da Indústria, realizado pela CNI desde 2006, como mobilização da produção, sindicatos e federações.
O diálogo reunirá lideranças empresariais para alinhar e validar posições, com foco em ações de defesa da indústria nacional e do desenvolvimento da competitividade do setor.
Segundo os industriais, a próxima equipe econômica de quem vencer nas urnas precisa manter o equilíbrio fiscal e combater a inflação, mas ao mesmo tempo ampliar o acesso ao crédito.
“A estabilidade macroeconômica é essencial porque cria o ambiente de estabilidade. Sem estabilidade, é impossível traçar o caminho que leva ao crescimento econômico”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Destacou que a mudança no sistema tributário é unânime, necessária e urgente. “O Brasil vem discutindo a reforma da tributação do consumo há mais de 30 anos. Não podemos continuar perdendo oportunidades, porque quem mais perde é a população”, comentou.
Uma maior abertura para a inserção do Brasil na economia mundial, com maior participação nas cadeias globais de valor, também está entre as demandas da CNI.
“Esse caminho passa, preferencialmente, por uma abertura de sua economia realizada por meio de acordos comerciais e de investimento, o uso de instrumentos de defesa comercial e o combate ao comércio ilegal e o enfrentamento de barreiras às exportações”, indica nota para propósito do evento com os pretendentes.
Até o momento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores, lidera todas as pesquisas de opinião para a votação em que o líder de extrema-direita Jair Bolsonaro buscará a reeleição.
Depois de ambos, o ex-ministro Ciro Gomes e a advogada Simone Tebet são os únicos que confirmaram presença no encontro com a indústria.
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