20 de April de 2024
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Críticas na demora do governo brasileiro na busca dos desaparecidos

Críticas na demora do governo brasileiro na busca dos desaparecidos

Brasília, 8 de jun (Prensa Latina) O Partido Comunista Brasileiro (PCB) questiona hoje a demora dos órgãos governamentais responsáveis em iniciar a busca pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos na Amazônia.

“O desaparecimento de ambos, além de extremamente preocupante, dadas as condições em que ocorreu, evidencia a extrema precariedade das ações de vigilância e segurança naquela região de fronteira”, indica nota do PCB enviada à Prensa Latina.

Phillips, colaborador do jornal The Guardian, e Araújo Pereira estão desaparecidos desde domingo passado no Vale do Javari, no Amazonas, desde que os perderam de vista na estrada entre as comunidades de São Rafael e Atalaia do Norte.

Para o PCB, é inconcebível a demora na “ação dos órgãos responsáveis do governo brasileiro em iniciar a busca por eles, utilizando todo o aparato necessário para tanto, quando o fato já ganhou repercussão na imprensa nacional e internacional.”

O partido insiste que tal situação “revela uma inegável afronta à dignidade das pessoas que vivem e trabalham em uma área reconhecidamente em conflito, funcionando como um verdadeiro convite para ações dessa natureza em um futuro próximo”.

A organização política quer que ambos os profissionais “sejam encontrados vivos, mas é claro que registramos nosso repúdio a toda a política de desprezo à vida humana, aos povos indígenas e à biodiversidade brasileira posta em prática pelo nefasto governo de Jair Bolsonaro”.

Depois de quase 48 horas de silêncio após a confirmação da tragédia, o presidente de extrema-direita só conseguiu comentar que ambos realizaram uma “aventura não recomendada”, devido ao alto risco que existe na área.

Em seu extenso texto, a Bancada Nacional Indígena do PCB indica que o Vale do Javari, território original demarcado há pouco mais de duas décadas, reúne o maior número de indígenas em isolamento voluntário conhecido no mundo.

Tais comunidades, acrescenta, estão “sujeitas a inúmeros ataques de pescadores ilegais, madeireiros, caçadores, traficantes de animais, que estão localizados em uma fronteira extremamente porosa onde o crime organizado atua na chamada Rota do Solimões”.

O partido denuncia ainda que Araújo Pereira, destacado defensor dos povos indígenas de Javari, “sofreu inúmeras ameaças, inclusive de morte”, de quem atua ilegalmente naquela terra indígena.

Ele lembra que o governo Bolsonaro defende uma política de exploração do patrimônio nativo “por garimpeiros, madeireiros e outros, e tem atuado durante seu mandato para desmantelar as bases e mecanismos de proteção insuficientes e precários de determinados territórios indígenas”.

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