De acordo com o Ministério da Saúde Pública, os 39.795 testes realizados no período que encerrou na segunda-feira mostraram uma taxa de positividade alarmante de 20,5 por cento e mais de 8.000 pessoas convalescentes da doença.

As autoridades científicas concordaram com uma declaração anterior do chefe da Cátedra de Doenças Infecciosas da Universidade da República (Udelar), Julio Medina, de que o Uruguai está passando pela terceira onda de infecções por Covid-19.

Depois de deixar para trás a emergência sanitária, com a suspensão das medidas preventivas, os casos aumentaram e agora se somam as patologias respiratórias típicas do inverno austral, que neste dia tem sua primeira onda polar da temporada com quedas bruscas de temperatura.

Medina alertou que esta nova situação vai gerar primeiro desafios e depois dificuldades crescentes na gestão dos cuidados de ambulatório, urgência e disponibilidade de camas nos cuidados intensivos, que já admitiu mais de 30 infectados.

O especialista recomendou reforçar o uso de máscaras em locais fechados, evitando ao máximo locais mal ventilados e não perder a oportunidade de se vacinar ou receber a dose de reforço da vacina Covid-19.

Recomendações semelhantes foram formuladas pelo epidemiologista e ex-membro do extinto Grupo Acessor Científico Honorário, Juan Gil, que atribuiu o desencadeamento dos casos à sublinhagem da variante Omicron B2.

Um gerente de uma empresa de serviços de ônibus para a população de Montevidéu pediu ao governo que reconsidere o retorno ao uso obrigatório de máscaras nos veículos, que atualmente se considera de livre-arbítrio.

Questionado pela imprensa sobre o aumento de casos, o presidente Luis Lacalle Pou reiterou que não há como voltar atrás na decisão de levantar a emergência sanitária.

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