Com apenas sete distritos eleitorais contados, os primeiros números oficiais mostravam 28 assentos para o Hezbollah (Partido de Deus) e seus aliados, 14 a favor das Forças Libanesas, enquanto os candidatos independentes ganharam sete.
Em meio à sua pior crise econômica, a realização das eleições foi um aspecto positivo para a nação, segundo quem conhece a situação regional, embora a participação nacional de 41% tenha ficado oito pontos abaixo dos eleitores em 2018.
Segundo o cientista político Said Chaya, os mais afetados até agora são a Corrente Patriótica Livre e o Movimento Futuro; enquanto isso, as Forças Libanesas aparecem como o partido cristão mais bem posicionado antes das próximas eleições presidenciais de outubro.
De sua parte, o analista político Qassem Kassir disse ao site Lebanon Debate que não havia maioria decisiva entre os vencedores e se os resultados continuarem assim, o apelo ao diálogo seria crucial para abordar as questões da nação.
Kassir vê como pouco improvável a possibilidade de apresentar recursos nas eleições devido ao anúncio de falhas no processo e insistiu na necessidade de governar a partir do consenso nacional.
Nesta quinta-feira, o primeiro- ministro Najib Miqati vai presidir uma sessão do governo no Palácio Presidencial Baabda com o objetivo de avaliar as eleições parlamentares, bem como estabelecer o caminho a seguir para a formação do novo corpo legislativo e do gabinete.
Em 21 de maio, o atual Parlamento cessará seu mandato e o governo funcionará de forma interina até a integração da legislatura unicameral de 128 assentos, divididos igualmente entre cristãos e muçulmanos.
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