Durante uma conferência de imprensa, o funcionário pediu ao Tribunal Penal Internacional que inicie uma investigação imediata sobre as contínuas violações cometidas por Tel Aviv.
É necessário responsabilizar e processar aqueles que cometem esses crimes, desde “o primeiro-ministro até os colonos e soldados”, disse Shalaldeh.
Ele enfatizou que a Quarta Convenção de Genebra de 1949 proíbe o deslocamento da população civil de suas terras por uma potência ocupante.
Nosso povo tem o direito de resistir, conforme refletido nos princípios e normas do Direito Internacional, sublinhou.
Shalaldeh confirmou que seu ministério fornecerá toda a ajuda jurídica possível aos habitantes da área de Masafer Yatta, no sul da Cisjordânia.
Após 23 anos de processos judiciais, a Suprema Corte de Israel rejeitou na semana passada um pedido daqueles que buscavam impedir a expulsão de suas terras, usadas pelo Exército como campo de tiro.
A decisão foi criticada pela ONU, União Europeia e vários países porque abrirá caminho para um dos maiores deslocamentos de palestinos desde a guerra de 1967.
Esta decisão é mais um exemplo da parcialidade do tribunal, afirmou Nidal Abu Younis, prefeito de Masafer Yatta, que garantiu que seus moradores não vão abandonar suas casas.
A Associação pelos Direitos Civis em Israel falou de forma semelhante, alertando que este veredicto terá consequências sem precedentes no futuro.
Ao justificar sua sentença, o tribunal afirmou que os habitantes daquele território não eram residentes permanentes quando os militares israelenses ocuparam a área.
Essa tese é rejeitada por palestinos e grupos de direitos humanos quando lembram que moravam lá antes da guerra de 1967.
mgt/rob/glmv