Por meio de sua sentença, o mais alto órgão judicial do país autorizou oficialmente a desabrigação de famílias inteiras, incluindo crianças e idosos, denunciou a ACRI em comunicado.
Este veredicto terá consequências sem precedentes no futuro, alertou o texto da organização.
O tribunal rejeitou ontem à noite uma petição contra o despejo de palestinos de suas terras, usadas pelo exército israelense como campo de tiro por décadas.
A decisão abre caminho para a demolição de pequenas aldeias localizadas em uma área conhecida pelos palestinos como Masafer Yatta.
Esta decisão é mais um exemplo da parcialidade do tribunal, afirmou Nidal Abu Younis, prefeito de Masafer Yatta, que garantiu que seus moradores não vão abandonar suas casas.
Ao justificar sua sentença, o tribunal afirmou que os habitantes daquele território não eram residentes permanentes quando os militares israelenses ocuparam a área.
Esta tese é rejeitada por palestinos e grupos de direitos humanos quando lembram que viveram ali antes da guerra de 1967. A luta dos habitantes de Masafer Yatta começou na década de 70 do século passado, quando o estado vizinho declarou a área como um campo de tiro para seus militares.
Paralelamente, Tel Aviv cercou aquele território com várias colônias judaicas como Maoon, Karmael, Yaqoub Dali e Lifna.
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