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Do dito ao feito

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Washington, 01 mai (Prensa Latina) O governo dos Estados Unidos, incapaz de cumprir suas promessas, insiste em uma visão racista, xenófoba e repressiva da imigração, quando as chegadas na fronteira sul atingem números recordes e o tratamento de imigrantes indocumentados viola, em muitos casos, direitos humanos.

Durante sua campanha eleitoral, o atual presidente, Joe Biden, assegurou que lutaria pela reforma migratória com uma abordagem mais humana, mas depois de mais de um ano no cargo seus eleitores estão decepcionados e não poucos dos que chegam em solo norte-americano por da fronteira com o México são vítimas de abusos físicos e psicológicos.

Com base em quase 300 histórias individuais, um relatório de 66 páginas publicado pela organização Human Rights First documenta as condições desumanas em centros de detenção para aqueles que cruzam ilegalmente a linha divisória entre os dois países, revelou o site The Intercept. De acordo com o estudo, a política de imigração da atual administração levou à detenção prolongada de dezenas de milhares de requerentes de asilo no último ano, crianças mantidas em instalações para adultos, bem como o tratamento racista e abusivo de negros e pessoas da comunidade LGTBQ+, entre outros graves problemas.

Para a advogada Rebecca Gendelman, principal autora do relatório, a detenção é desumanizante, perigosa e cruel, inflige danos físicos e psicológicos e limita o acesso à informação e representação legal.

A nova denúncia sobre o inferno que os imigrantes vivem nesses lugares vem à tona enquanto o governo Biden se prepara para levantar em 23 de maio o Título 42, implementado em 2020 pelo ex-presidente Donald Trump a pretexto de evitar contágios da Covid-19 e assim expulsar a maioria dos indocumentados nos pontos de entrada.

O documento da Human Rights First suscita preocupação sobre como a suspensão desta medida – amplamente criticada pelos defensores dos imigrantes por negar o direito de pedir asilo – pode significar a presença de um maior número de pessoas nos referidos centros, onde há cerca de 18 mil estrangeiros.

De acordo com Gendelman, o governo tem autoridade legal para conceder liberdade condicional a esses imigrantes, mas opta por mantê-los atrás das grades, colocando em risco vidas, separando famílias, infligindo traumas, desperdiçando recursos e punindo pessoas por exercerem seu direito legal de solicitar asilo.

O gabinete de Biden diz que está logisticamente preparado para um aumento da imigração e, nesse sentido, ativistas rejeitam o plano de expandir as capacidades do Centro de Processamento de Folkston, uma instalação localizada na Geórgia, perto da fronteira com a Flórida, para reter os que chegam ao país ilegalmente.

O Southern Poverty Law Center afirma que tais ações representam “uma traição às promessas” feitas pelo ocupante do Salão Oval, que defendia um tratamento mais humano para os migrantes.

Isso pode afetar o Partido Democrata, que está arriscando o controle do Congresso nas eleições de meio de mandato em novembro se não cumprir mais de suas prioridades legislativas, e analistas indicam que a questão da imigração é importante no voto dos latinos.

(Retirado de Orbe)

/hb

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