A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) iniciou na véspera uma primeira reunião metodológica em Luanda com membros da entidade e dirigentes de estruturas homólogas nas províncias, entre outros responsáveis.
À frente da instituição, Manuel da Silva, salientou a necessidade de todos atingirem um perfeito domínio das suas competências, bem como o horário de trabalho para a organização e desenvolvimento das eleições.
Em nome do Governo, a ministra da Administração do Território, Marcy Lopes, colocou nas mãos da CNE o ficheiro informatizado provisório dos idosos (FICM), que contém os dados dos indivíduos com idade suficiente para exercer o sufrágio ativo e passivo.
Em declarações à imprensa, o ministro confirmou que o documento contempla atualmente cerca de 14 milhões de angolanos, dos quais 18 mil vivem no estrangeiro.
O valor, esclareceu, sofrerá variações, pois ainda falta a incorporação do cadastro de moradores em áreas remotas, cujo processo está em andamento; além disso, os falecidos e os presos, com sentenças transitadas em julgado, também serão eliminados do banco de dados do arquivo final, explicou Lopes.
De acordo com a agência noticiosa angolana (Angop), o Tribunal Constitucional já está na posse do FICM provisório, tendo em vista o processo de apreciação e validação das candidaturas dos partidos e alianças partidárias ao concurso nas urnas.
No momento da convocação das eleições, o Tribunal deve dispor de meios para realizar o seu trabalho, destacou a juíza Laurinda Cardoso ao receber ontem o FICM, entregue pelo presidente da entidade máxima responsável pelo processo, Manuel da Silva.
Durante esta semana, a Procuradoria Geral da República promoveu palestras e conferências educativas sobre respeito e defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos no contexto eleitoral.
Com palco em diferentes territórios, as apresentações abordaram ao mesmo tempo os fatos aqui classificados como crimes e infrações eleitorais.
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