O instituto de ensino superior, localizado nesta capital, condenou as manobras destinadas a manipular a transparência dos julgamentos associados aos acontecimentos de 11 de julho de 2021, durante os quais aquele estudante do segundo ano foi acusado.
Através de um comunicado, a entidade educativa mencionou que González Lescay recebeu 6 anos de privação de liberdade no Tribunal Provincial Popular de Mayabeque pelos crimes de desacato agravado de natureza continuada e figura simples de natureza continuada e desordem pública.
Segundo o documento, a manobra busca a empatia de estudantes e acadêmicos com base na simplificação dos fatos atribuídos ao jovem e no desconhecimento do ordenamento jurídico existente no país, uma vez que o caso segue em análise pelo Supremo Tribunal Federal.
“Ainda que o ISA seja uma instituição criada pela Revolução e os valores que defende estejam em contradição com a postura cívica de Abel González, ele tem recebido atenção diferenciada e tem mantido uma comunicação sistemática com sua família”, afirma o texto.
Nesse sentido, a Universidade encaminhou aos órgãos competentes a emissão de documentos de averbação com a notificação da sua condição de estudante e artista, questões tidas em consideração para a resposta ao processo em liberdade, condição de que goza atualmente.
A instituição esclareceu que em nenhum momento Abel foi suspenso do magistério ou restringiu sua participação na vida universitária; pelo contrário, permaneceu alojado na Residência Estudantil e recebeu voluntariamente o acompanhamento do Departamento de Assistência Universitária.
O exposto, apontou o depoimento, serviu para facilitar o manejo de suas emoções em um estágio de tensão psicológica e como sugestão de profissionais dessa área, a indisciplina cometida por ele durante o estágio não foi analisada com rigor.
Representantes da ISA compareceram ao julgamento oral e testemunharam a prática de todas as garantias constitucionais, em correspondência com o estado de direito presente na nação caribenha, e as autoridades universitárias acompanham de perto o processo.
A carta em sua suposta defesa, considerada a declaração, representa “uma atitude abertamente contra a Revolução” e serve de pretexto para a inclusão de ativistas políticos e pessoas de fora do centro às campanhas difamatórias, com maior força nos últimos anos.
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