Em sua conta no Twitter, criticando tal decisão, o presidente afirmou que o país eurasiano é “indispensável para alcançar a solução diplomática efetiva, justa e pacífica que a atual crise na Europa exige com urgência”.
Acrescentou que “as exclusões não contribuem em nada, pelo contrário prejudicam a credibilidade e a capacidade do sistema internacional de gerir a paz”.
Ele também destacou que “com a decisão tomada nesta quarta-feira, um precedente perigoso é estabelecido e o conflito na Ucrânia é alimentado ainda mais”.
A resolução foi aprovada, em meio a forte pressão dos Estados Unidos sobre os países membros da ONU, com 93 países a favor, 24 contra e 58 abstenções, e sem que o texto tenha sido previamente discutido com os países membros.
Entre os países latino-americanos, Cuba, Nicarágua e Bolívia votaram contra, e ao fundamentar a posição da ilha, o representante permanente de Cuba na ONU, Pedro Luis Pedroso Cuesta, denunciou que abriria um precedente perigoso.
Ele alertou que esse mecanismo pode ser usado seletivamente e advertiu que “hoje é a Rússia, mas amanhã pode ser qualquer um de nossos países, particularmente nações do Sul que não se curvam aos interesses da dominação e defendem firmemente sua independência”.
Afirmou que Cuba sempre trabalhou por um Conselho de Direitos Humanos capaz de enfrentar os complexos desafios da comunidade internacional nesta matéria, dos quais nenhum país está isento.
Ele também questionou se a Assembleia aprovará um dia uma resolução suspendendo a participação dos Estados Unidos no Conselho de Direitos Humanos e apontou: “Todos sabemos que isso não aconteceu e não acontecerá, apesar de suas flagrantes e massivas violações da direitos.”
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