Sob o selo do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (Edições Icaic), sete títulos chegarão às prateleiras do maior evento literário do país caribenho e de grande prestígio no cenário latino-americano, que tem sede no complexo histórico militar Morro-Cabaña.
Destaca-se na exposição Cem Anos de Cinema em Cuba (1897-1997), de Ambrosio Fornet, cujas páginas encerram um século da filmografia da maior das Antilhas, sua evolução, principais expoentes, influências e identidade.
Conforme detalhado na sinopse, o volume se torna um testemunho das mudanças ocorridas na sociedade cubana durante aquele período até que o cinema se tornasse uma arte autenticamente nacional, com uma narração que acompanha o contexto social em que a produção acontece.
De acordo com as informações divulgadas pelo Icaic, há também “La historia en un sobre amarillo. El cine en Cuba” (1948-1964), de autoria de Iván Giroud, presidente do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, que responde a diversas questões relacionadas ao desenvolvimento da sétima arte cubana.
É, em suma, “um thriller político emocionante, uma montagem lúcida da história, construída a partir da multiplicidade de pensamento e ação de seus protagonistas, volta ao valor das ideias e à importância de discuti-las com responsabilidade e paixão”, disse sobre o texto Kiki Alvarez.
Outra das propostas das Ediciones Icaic na trigésima edição da feira é o livro “Sergio Corrieri: más allá de memorias…”, de Luisa Marisy, que explora o trabalho criativo desta artista e pelo qual seu autor mereceu o Prêmio da Crítica Literária em 2019, após uma década de pesquisa.
“El cine tiende sus redes. Relación de la pantalla grande con otras artes”, de José Alberto Lezcano também se destaca na seleção, para aproximar as conexões existentes entre a tela grande e outras expressões estéticas.
Da mesma forma, prestigia a programação do evento literário “Cuando el beisbol se parece al cine”, de Norberto Codina, que articula os vínculos existentes entre as duas disciplinas, enquanto Arturo Arango assina o texto “La hoja y el cuerno”, no qual recria os processos que acompanhou a criação de dois audiovisuais.
Fecha a seleção o título “Verdad y mentira en el cine. El sentido de lo falso en F forFake (1973) de Orson Welles”, da escritora mexicana Dulce Isabel Aguirre Rojas, em cujo texto explora a falsificação artística e a verossimilhança documental, de várias disciplinas e campos de estudo.
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