Na mensagem em vídeo enviada à conferência de imprensa de lançamento do terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), ressaltou que este documento mostra uma ladainha de promessas não cumpridas.
Hoje, disse ele, estamos vivendo em uma emergência climática, mas governos e corporações com altas emissões continuam a ignorar o problema e apenas acrescentam combustível ao fogo.
Os ativistas climáticos são às vezes rotulados como radicais perigosos, quando os verdadeiros radicais perigosos são os países que aumentam a produção de combustíveis fósseis, ressaltou o chefe da ONU.
“Investir em novas infraestruturas de combustíveis fósseis é uma loucura moral e econômica”, enfatizou.
Pediu aos Estados membros da ONU que triplicassem a velocidade da mudança para a energia renovável e acabassem com o financiamento da produção de carvão.
Segundo o relatório do IPCC, a menos que os países redobrem seus esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o planeta aquecerá em média de 2,4 a 3,5 graus Celsius até o final do século, com sérias consequências para todos.
Limitar o aquecimento global a cerca de 1,5 graus Celsius exigirá que as emissões globais de gases de efeito estufa atinjam o pico “até 2025 no máximo e sejam reduzidas em 43% até 2030”, observa o relatório. Enquanto isso, ele acrescenta, os compromissos climáticos atuais significariam um aumento de 14 por cento nas emissões.
rgh/ifb/bm