Residente em Nova Iorque e visitando esta capital para a apresentação de seu documentário Cuba na África, o diretor expressou em diálogo com a Prensa Latina que está “desiludido com Biden por manter a mesma linha de Trump (2017-2021)”.
Espero que mude, disse, porque o que foi feito com Cuba não é justo, especialmente na fase da pandemia de Covid-19, destacou ao se referir ao fato de o republicano ter reforçado o bloqueio na ilha com medidas ( mais de 240), alguns dos quais foram adotados em plena emergência sanitária.
No entanto, Biden não se desviou dessa política e “a vida precisa ser mais fácil para os cubanos”, enfatizou Abdurahm, que reiterou sua rejeição ao cerco unilateral que o governo dos Estados Unidos impôs ao país caribenho há mais de seis décadas.
Comentou que as informações divulgadas há anos contra Cuba na mídia são tão poderosas que é muito difícil modificar tal matriz em um único dia, por isso seu trabalho audiovisual foi um desafio.
Um dos obstáculos foi conseguir financiamento para o filme, que tinha “um pequeno problema: falaria bem de Cuba e Fidel Castro”, acrescentou.
O consultor de tecnologia educacional também explicou que seu documentário Cuba na África é fruto de uma pesquisa exaustiva e muita persistência.
Na apresentação do curta-metragem no multiplex Infanta da capital, em 1º de abril, Abdurahm destacou que ele era apenas “o mensageiro” da história não contada sobre a epopeia das crianças desta nação caribenha em solo africano.
E se o documentário tem mérito, é que consegue conectar desde o primeiro momento e durante seus 22 minutos de duração, com sentimentos, chega ao coração.
Desta forma, resgatou dos arquivos e colocou na boca de protagonistas de diferentes perspectivas a missão internacionalista de Cuba entre 1976-1991, que foi decisiva para conquistar a soberania de Angola, a independência da Namíbia e garantir o desmantelamento e derrota do apartheid na África do Sul.
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