O chefe do Centro Nacional de Controle de Defesa da Rússia, coronel-general Mikhail Mizintsev, informou que as tropas russas garantirão sua parcela de responsabilidade no cessar-fogo durante a transferência de civis entre as duas cidades.
Ele explicou que de Berdyansk, os cidadãos estrangeiros podem ser evacuados por qualquer rota humanitária, a mesma por terra para a República Russa da Crimeia ou para o território controlado pelo regime de Kiev, bem como por transporte marítimo para destinos selecionados.
Mizintsev observou que Moscou garantirá que os navios envolvidos na evacuação entrem e saiam do porto de Berdyansk de acordo com as normas do direito marítimo internacional.
Recordou que o presidente turco, Tayyip Erdogan, pediu apoio ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para a saída de cidadãos estrangeiros da cidade de Mariupol, onde estão reféns das brigadas ultranacionalistas ucranianas.
Segundo o coronel-general russo, seu país está trabalhando de forma coordenada para evacuar civis e estrangeiros das zonas de perigo da Ucrânia.
“Para isso, interagimos continuamente com a Organização das Nações Unidas, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações internacionais”, assegurou.
Mizintsev destacou que a Rússia não ignora iniciativas humanitárias vindas de outros países e organizações internacionais.
Por sua vez, o ministro turco de Defesa Nacional, Hulusi Akar, declarou no dia anterior que Ancara está disposta a fornecer apoio do mar para evacuar civis, bem como feridos turcos e outros países de Mariupol.
A Rússia iniciou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as autoridades das auto proclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk solicitaram ajuda para repelir o aumento da agressão e os intensos bombardeios de Kiev.
Anteriormente, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e ajuda militar.
Em seu discurso para informar sobre o início da operação, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o objetivo é proteger a população de Donbass dos abusos e genocídio de Kiev durante os últimos oito anos, além de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia.
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