O texto deve seu nome à cidade do norte da República Dominicana, onde foi assinado e transcende seu conteúdo político-ideológico.
Segundo a historiografia nacional, o documento se intitulava El Partido Revolucionario Cubano a Cuba, mas entrou para a história como o Manifiesto de Montecristi.
“A Revolução da Independência, iniciada em Yara após uma gloriosa e sangrenta preparação, entrou em um novo período de guerra em Cuba, em virtude da ordem e acordos do Partido Revolucionário no exterior e na ilha, e da congregação exemplar nela de todos os elementos dedicados à cura e emancipação do país…”, assim começa.
O texto explica que a guerra não é travada contra os espanhóis, mas contra o jugo colonial que tem reinado na ilha desde a época da conquista.
Martí e Gómez convidam os cubanos a pegar em armas, ao mesmo tempo em que explicam o programa concebido pelo movimento revolucionário, que teve os dois como seus maiores expoentes.
O documento inclui as ideias expressas pelo Apóstolo sobre o nacionalismo, denuncia a ordem colonial, expõe seu marcado anti-imperialismo e seu compromisso de justificar o sangue derramado em guerras anteriores.
Também define a natureza e a finalidade da guerra emancipatória e da futura República: como ela deve ser constituída, organizada e desenvolvida, com igual participação e igualdade de direitos e deveres para brancos e negros. rgh/idm/bm