“Acho que ele é um criminoso de guerra”, disse o presidente Joe Biden a repórteres na Casa Branca nesta semana, referindo-se ao presidente russo Vladimir Putin e outros funcionários do governo, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken disseram igualmente que a Rússia está cometendo crimes de guerra na Ucrânia.
Qualificar o governante russo como assassino e criminoso de guerra em termos diplomáticos equivale a apenas meio passo antes de uma declaração aberta de guerra e reitera a falta de memória histórica dos líderes norte-americanos, alguns dos quais, incluindo Biden, apoiaram a invasão, o desmembramento da Iugoslávia e o assassinato de sua população.
Agora Washington está se afastando do cenário de guerra, embora setores do Congresso apoiem um maior envolvimento do Pentágono na crise ucraniana, talvez a mensagem que Biden levará esta semana a Bruxelas, onde participará de uma cúpula extraordinária da OTAN e de um Conselho Europeu para lidar da crise na Ucrânia em 24 de março.
Nas entrevistas deste domingo, pode emergir o interesse dos “falcões” em fazer um novo tipo de “plano Marshall” energético com seus aliados da OTAN, voltando a emergir fortalecidos e enriquecidos graças aos escombros da Europa, dizem os especialistas.
Segundo comentaristas, a participação de figuras como a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, no programa “State of the Union” da CNN, será uma continuação do roteiro de que “qualquer ataque contra civis é crime de guerra”, ignorando ações passadas de Washington.
Também aparecerá o secretário de Defesa, Lloyd Austin, que estará no programa “Face the Nation” da CBS, que insiste que os militares russos subestimaram a dificuldade de tomar a Ucrânia e cometeram vários erros em seu ataque, uma forma de refletir a estratégia russa de evitar uma catástrofe com ataques contundentes com os meios que possui.
A OTAN também será representada por seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, que aparecerá no programa “Meet the Press” da NBC.
Autoridades e militares estadunidenses serão acompanhados em diferentes espaços por figuras como Vitali Klitschko, prefeito de Kiev, e o embaixador polonês em Washington, Marek Magierowski, e Kaja Kallas, primeira-ministra da Estônia.
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