20 de April de 2024
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Descriminalização do aborto e violência eleitoral marcam a Colômbia

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Descriminalização do aborto e violência eleitoral marcam a Colômbia

Bogotá, 26 fev (Prensa Latina) A descriminalização do aborto até a 24ª semana de gravidez e a violência no meio da campanha eleitoral foram as notícias mais marcantes desta semana na Colômbia.

Na última segunda-feira, o Tribunal Constitucional concluiu que a conduta do aborto só será punível quando realizada após a 24ª semana de gestação e, em qualquer caso, este prazo não será aplicável aos três casos estabelecidos no Acórdão C-355 de 2006.

Esta decisão, que na época também foi considerada uma conquista, descriminaliza parcialmente o aborto em três casos específicos: acesso carnal violento ou um ato sexual abusivo, malformação do feto que o impede de viver de forma ideal fora do útero e risco para a vida da mãe.

A Corte instou o Congresso da República e o Governo Nacional, sem prejuízo do cumprimento imediato desta decisão, a formular e implementar uma política pública abrangente o mais rápido possível.

Esta política deve incluir as medidas legislativas e administrativas necessárias, conforme o caso, a fim de evitar as amplas margens de falta de proteção da dignidade e dos direitos da mulher grávida e, ao mesmo tempo, proteger o direito legal à vida durante a gravidez sem afetar tais garantias.

Além disso, deve conter, no mínimo, a divulgação clara das opções disponíveis para a mulher grávida durante e após a gravidez, entre outras.

Esta semana, em meio à campanha eleitoral para as eleições legislativas de 13 de março e as eleições presidenciais de 29 de maio, a violência e o assédio contra os candidatos de esquerda continuaram a se intensificar.

Isto pode ser visto no assassinato de ex-combatentes e militantes do partido Comunes, bem como na campanha eleitoral estigmatizante contra o Partido Comunista Colombiano pelo Centro Democrático no poder.

Ontem, as Nações Unidas (ONU) e os países garantidores do Acordo de Paz na Colômbia rejeitaram o assassinato do ex-guerrilheiro colombiano no processo de reincorporação de Jorge Santofimio, assim como de outros ex-guerrilheiros.

A este respeito, a ONU condenou o incidente e reiterou sua preocupação com a segurança daqueles que estão apostando na paz neste país sul-americano.

Por sua vez, Eugenio Martínez, Diretor Geral para a América Latina e o Caribe do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (um país que, juntamente com a Noruega, é um garante do processo de paz na Colômbia), reiterou sua preocupação com o não cumprimento das garantias de segurança previstas no Acordo Final de Paz.

A embaixada da Noruega na Colômbia também condenou este crime contra o líder da Cooperativa Multiativa Comunitaria del Común no departamento de Putumayo e apontou que três menores foram feridos no mesmo ataque.

“É urgente que o governo nacional garanta a proteção dos signatários da paz. Nossa solidariedade com as vítimas e suas famílias”, disse a embaixada do país que garantiu o pacto histórico alcançado em Havana entre as ex-Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo e o governo em 2016.

Segundo dados do Observatório de Direitos Humanos e Conflito do Instituto de Estudos de Desenvolvimento e Paz, com Jorge Santofimio somam seis ex-guerrilheiros mortos até agora em 2022, e 305 desde a assinatura do Acordo de Paz em 2016 até hoje.

Neste cenário, o Conselho Político Nacional do Comunes denunciou “a existência de um plano para dificultar e impedir” sua participação no processo eleitoral em andamento.

“Estes ataques contra a paz têm como pano de fundo uma campanha de estigmatização originada no próprio governo nacional, determinado a posicionar a ideia de supostas violações do acordo por parte dos ex-guerrilheiros”, ressaltou Comunes.

msm/otf/vmc

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