28 de March de 2024
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Investimento estrangeiro em Cuba sob ameaça permanente do bloqueio

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Investimento estrangeiro em Cuba sob ameaça permanente do bloqueio

Por Karina Brown Gonzalez
Havana, 21 fev (Prensa Latina) Nunca se saberá quantas empresas que queriam investir em Cuba deixaram de fazê-lo devido ao bloqueio econômico dos Estados Unidos, que até hoje custa bilhões de dólares ao país.

É assim que avalia a diretora de Política Comercial com a América do Norte do Ministério de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro (Mincex), Mariluz Bâ€ÖHammel, que disse à Prensa Latina que todas as medidas do cerco norte-americano repercutem na entrada de capital estrangeiro para a nação caribenha.

Para desenvolver um negócio na ilha, os investidores têm de enfrentar desafios como as dificuldades de importação de insumos e a impossibilidade de utilizar o dólar nos mercados internacionais, com os custos adicionais envolvidos nas trocas de moeda, explicou.

“Tivemos a oportunidade de trocar com empresários de outros países, inclusive dos Estados Unidos, e muitos deles se surpreendem ao serem tocados de perto por algumas das medidas do bloqueio, com seu alcance extraterritorial”, comentou.

Nesse sentido, salientou que uma das experiências mais vivas para eles é quando vão realizar uma operação bancária e a entidade financeira onde têm as suas contas, e com a qual sempre trabalharam, lhes diz que não é possível realizar a operação para Cuba.

Isso é resultado do efeito intimidador da política de Washington em relação à nação caribenha, em particular das sanções e multas que o Departamento do Tesouro dos EUA impôs a tantos bancos e empresas no mundo durante anos, acrescentou.

Bâ€ÖHammel também se referiu aos obstáculos impostos pela proibição de importar para o país produtos com mais de 10% de conteúdo de origem norte-americana.

“No mundo globalizado de hoje, onde qualquer produção tem elementos de origem diversa, seja em matérias-primas, insumos, componentes… exportações”, acrescentou.

O especialista da Mincex especificou que para compras isso é um entrave permanente, pois para exportar para a ilha um produto com percentual superior ao aprovado, é preciso ter licença de um órgão do governo dos Estados Unidos, e a vontade é que isso não aconteça. .

Soma-se a isso a plena aplicação da Lei Helms-Burton, norma que surgiu em 1996, logo após a aprovação da Lei de Investimentos Estrangeiros de Cuba, e cujo objetivo é dificultar ainda mais a entrada de capital estrangeiro.

Em particular, a diretiva aludiu ao Título III do corpo jurídico, que estava em moratória até 2019 e abre a possibilidade de instaurar ações judiciais contra aqueles que “traficam” com propriedades nacionalizadas por Cuba, “um termo muito enganoso e longe de qualquer critério de legalidade.” , que também tem um efeito dissuasor.

Apesar de tudo, assegurou, a nação caribenha não ficou de braços cruzados e agora mais do que nunca está empenhada em atrair maiores fluxos de investimento estrangeiro, com várias iniciativas e na busca de soluções para as dificuldades internas que dificultam o processo.

Nesse sentido, destacou que o portfólio de oportunidades de negócios no país é reflexo do crescimento do setor, já que a cada ano as opções aumentam.

O atual tem 678 projetos nos ramos prioritários da economia, 175 a mais que em 2020, e com mais de 12 bilhões de dólares para investimento.

Bâ€ÖHammel comentou que nesta edição se destacam as propostas com valores menores, com a intenção de abrir o espaço a um maior número de potenciais investidores, inclusive cubanos residentes no exterior.

Acrescentou que trabalham intensamente para que os projetos sejam gerados a partir do nível local, o que também tem expressão no atual portfólio de negócios.

Outro aspecto que denota a vontade de avançar nesta área é a criação da Janela Única para o investimento estrangeiro, uma porta de entrada para quem quer apostar no país e onde recebe informação, aconselhamento e apoio no processo, disse o especialista.

Também a Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, um enclave estratégico, próximo de portos de vários países e com condições de infraestrutura para a instalação de indústrias, que apesar das campanhas de difamação tem crescido nos últimos anos, disse.

Conforme relatado ao Parlamento cubano em dezembro pelo chefe da Mincex, Rodrigo Malmierca, existem atualmente 302 empresas no país com capital estrangeiro, das quais 104 são joint ventures, 54 entidades totalmente financiadas por estrangeiros e 144 contratos de associação econômica internacional, principalmente no turismo, energia, alimentos e indústria alimentar.

Apesar da pandemia de Covid-19 e do aperto do bloqueio dos Estados Unidos, nos últimos dois anos foram aprovados 47 novos negócios, uma prova de que o empresariado confia em Cuba, observou o ministro.

mem/km/ls

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