O porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov disse que o diálogo acontecerá esta tarde, segundo a hora de Moscou, por iniciativa da Casa Branca.

Putin e Biden falaram pela última vez por telefone no final do ano passado e antes disso, em 7 de dezembro, realizaram palestras por videoconferência.

Outro intercâmbio através do mesmo canal entre o Ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov e o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken é esperado neste sábado, disse Moscou e Washington.

Desde 17 de dezembro, quando Moscou e a Rússia revelaram projetos de acordos sobre garantias de segurança aos Estados Unidos e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), as trocas entre chancelarias se intensificaram.

A recusa de estender a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a proibição de armas de ataque perto das fronteiras da Rússia, bem como o retorno da infraestrutura militar na Europa a sua posição de 1997, quando a Lei de Fundação Rússia-OTAN foi assinada, são as prioridades do Kremlin nos documentos.

A Rússia considera impossível reduzir as tensões político-militares e construir uma sólida arquitetura de segurança europeia sem resolver estes problemas.

As acusações mútuas de culpabilidade das partes pela escalada das tensões de segurança na Europa também aumentaram nas últimas semanas, devido a problemas ligados à situação interna na Ucrânia e às alegações ocidentais de uma suposta invasão russa daquele país.

Nos últimos dois meses, políticos, diplomatas e mídia ocidentais têm feito repetidos discursos sobre supostos planos russos contra Kiev, ações denunciadas por Moscou.

O porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov descreveu esta estratégia como uma escalada de tensão vazia e infundada e enfatizou que a Rússia não representa uma ameaça para ninguém.

Ele também advertiu contra a possibilidade de usar o suposto ataque russo como argumento para justificar as provocações.

De acordo com o chefe do escritório de imprensa do Kremlin, as tentativas de resolver pela força a crise no sudeste da Ucrânia terão sérias consequências.

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