Neste momento, pelo menos 181 famílias devem ser transferidas, residentes em 1.113 casas na localidade de Bonga, município de Quilengues (sudoeste), informou a agência de imprensa angolana (Angop).
Segundo a fonte, a empresa concessionária Niobonga, de capital chinês, propôs construir numa primeira fase 104 residências de 400 metros quadrados cada para o reassentamento da população.
O administrador de Quilengues, Adriano Pedro, explicou à Angop que existem 2.456 pessoas na área sujeitas a realocação por etapas, em função da construção de infra-estruturas e do andamento das futuras atividades mineiras.
A concessão nas mãos da empresa comercial Niobonga abrange uma área de 443,53 quilômetros quadrados em Quilengues, onde realizaram-se trabalhos de prospecção durante dois anos com vista a iniciar a exploração do mineral no primeiro semestre de 2021.
Em dezembro de 2020, após a fase de prospeção, a empresa anunciou que tinha 136,6 milhões de dólares para o projeto, mas aguardava a normalização das condições afetadas pela pandemia de Covid-19, informou a Angop.
De acordo com a revisão, as reservas de nióbio em Bonga foram estimadas em aproximadamente 19 milhões de toneladas.
Na opinião do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o negócio deverá ter um impacto positivo na região sul do país, atraindo rendimentos, gerando emprego, criando novas infra-estruturas e promovendo serviços auxiliares à gestão mineira.
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