Em resposta a uma pergunta da Prensa Latina, o Ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov disse que Moscou lamenta a posição dos países que tomaram um rumo de apoio incondicional à política destrutiva dos Estados Unidos em relação à nação caribenha.
“Tal linha é contrária aos compromissos da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (Nações Unidas) para 2030, na qual as medidas econômicas unilaterais recebem uma avaliação negativa inequívoca”, enfatizou ele.
O chefe da diplomacia russa observou que tais ações são incompatíveis com os princípios do humanismo e da garantia dos direitos humanos, com os quais os países que apoiam os Estados Unidos declaram seu compromisso.
Destacou que as consequências trágicas do bloqueio para a população cubana são um fato universalmente reconhecido, detalhado nos relatórios do Secretário Geral da ONU.
“Esperamos que os parceiros estudem cuidadosamente estes fatos na véspera da próxima votação da resolução e sejam guiados por eles na determinação de sua posição”, enfatizou ele.
Lavrov observou que a delegação russa na ONU segue uma política consistente de exercer pressão internacional sobre os Estados Unidos com o objetivo de pôr um fim imediato ao bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.
Lembrou que a Assembleia Geral deste organismo internacional condena regularmente as medidas unilaterais de Washington contra a ilha e pede o fim deste tipo de política destrutiva, com a adoção a cada ano de uma resolução contra ela.
O Ministro das Relações Exteriores advertiu que os resultados da votação em 2021 são muito reveladores: 184 países votaram a favor da resolução 75/289, três se abstiveram (Brasil, Colômbia, Ucrânia) e apenas dois foram contra (Estados Unidos e Israel).
Explicou que, de acordo com esta decisão, o Secretário-Geral da ONU emite uma vez por ano um relatório contendo uma visão atualizada das medidas unilaterais dos EUA em relação a Cuba, suas consequências para a economia do país, bem como recomendações para levantar o bloqueio o mais rápido possível e na medida do possível.
Observou que todos os anos a Rússia apresenta sua contribuição a este relatório, e também apoia as disposições da resolução durante a discussão política geral na Assembleia Geral da ONU.
Indicou que, apesar de todos os esforços da comunidade mundial, a Casa Branca continua a ignorar as disposições das resoluções da Assembleia Geral da ONU e as recomendações de seu Secretário-Geral.
“A linha oficial de Washington sobre Cuba pode ser chamada de exemplo clássico da aplicação de padrões duplos e do desprezo pelas normas do direito internacional”, enfatizou Lavrov.
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