Em declarações à Prensa Latina, Fernández especificou que a iniciativa consiste em acordar com os municípios franceses para receber atletas olímpicos e paralímpicos cubanos de várias disciplinas. Chegavam a esses locais vários dias antes de entrar na Vila Olímpica ou Paralímpica, para treinar nas melhores condições.

A estadia permitiria aos visitantes encontros amistosos com atletas locais, outro elemento importante do projeto relacionado ao evento sob as cinco argolas, programado de 26 de julho a 11 de agosto para as Olimpíadas e de 28 de agosto a 8 de setembro no caso dos Paralímpicos.

Fernández explicou que a proposta tem entre seus argumentos o impacto do bloqueio econômico imposto a Cuba há mais de 60 anos pelos Estados Unidos, uma política que também ataca fortemente o setor esportivo.

A vedação impede a compra de equipamentos esportivos e as viagens ao exterior de competidores e treinadores, destacou o presidente da CubaCoop, organização inscrita nos últimos 25 anos em dezenas de projetos de apoio ao desenvolvimento socioeconômico do país caribenho.

No final do ano passado, Fernández liderou uma delegação da associação a Havana, onde discutiu a iniciativa com autoridades do Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação.

A parte cubana aceitou e agradeceu a proposta, por sua contribuição na preparação dos atletas e para-atletas e na adaptação ao calendário e às condições climáticas de Paris, cidade que organizará os Jogos Olímpicos pela terceira vez, um século depois fez pela última vez.

Em seu diálogo com a Prensa Latina, o diretor da associação francesa fundada em 1995 destacou as conquistas da ilha no topo da competição, apesar dos efeitos causados ​​pelo bloqueio norte-americano.

Não esqueçamos que em Tóquio-2021 com uma pequena delegação, Cuba conquistou 15 medalhas, sete delas de ouro, para se colocar na tabela à frente da maioria dos países da União Europeia, acrescentou.

Segundo Fernández, a preparação dos atletas para o Paris-2024 não é a única iniciativa da CubaCoop para apoiar o esporte na nação antilhana, já que está estudando com as federações francesas de várias disciplinas a possibilidade de trabalhar em conjunto com suas congêneres.

Já temos os primeiros frutos, por exemplo no caso do judô, com detalhes que abordaremos em breve, explicou sobre um esporte que representa a glória olímpica para ambos os países, com figuras como Teddy Riner, Idalys Ortiz, Clarisse Agbegnenou, Driulis González e David Douillet.

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