A investigação foi encomendada pela Exame e entrevistou 1.500 pessoas por telefone entre 9 e 13 de janeiro, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
A pesquisa mostrou que Lula, pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT), tem 41% das intenções de voto em um primeiro turno.
Isso representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação à pesquisa Ideia anterior, divulgada em dezembro passado.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (Partido Liberal) continua em queda na intenção de voto, obtendo 24%, três pontos percentuais a menos que no estudo anterior.
O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) continua sendo o nome mais forte na terceira via, com 11 por cento, seguido por Ciro Gomes (Partido Democrático Trabalhista) com sete por cento.
Seguem-se o governador de São Paulo, João Doria (Partido da Social Democracia Brasileira), com quatro pontos percentuais, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Partido Social Democrata), com um por cento.
Enquanto isso, Simone Tebet (Movimento Democrático Brasileiro), Alessandro Vieira (Cidadania), André Janones (Avante), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e Luiz Felipe D’Ávila (Novo) não pontuaram neste inquérito.
Na pergunta espontânea, em que os nomes dos candidatos não são oferecidos aos respondentes, Lula tem 34% das intenções de voto, um avanço de seis pontos em relação ao estudo de dezembro, enquanto Bolsonaro mantém os 20% registrados na ocasião .
Na opinião de Mauricio Moura, fundador do Ideia, o aumento positivo da intenção de voto espontâneo do ex-presidente Lula é um dos dados mais relevantes da atual rodada da pesquisa.
“A pergunta espontânea dá uma ideia exata do compromisso do eleitor com o candidato, porque na votação espontânea não se oferece alternativa aos entrevistados”, frisou.
Ele acrescentou que a intenção de Lula de votar espontaneamente evoluiu em regiões como o Centro-Oeste, se fortaleceu no Sudeste e há até saldos positivos em subsegmentos tradicionalmente aliados a Bolsonaro, como os evangélicos.
Segundo Moura, o desempenho de Bolsonaro se deve à sua gestão, já que mais de 50% dos eleitores a descrevem como negativa.
Segundo a investigação, em um eventual segundo turno, Lula venceria todos os concorrentes com boa vantagem.
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