Um dos três candidatos a presidir a Frente Ampla nas recentes eleições internas expressou a necessidade de falar ao povo com a verdade, tendo em vista o próximo referendo para revogar 135 artigos da Lei de Consideração Urgente (LUC).
Ele defendeu que a participação nessas eleições, maior que as de 2016, é um sinal da vitalidade e das possibilidades da coalizão de esquerda em um contexto complexo de crise econômica e social, de derrota eleitoral em 2019.
“É também um sinal para o atual governo, que diante de uma política regressiva, antipopular e que agrava as desigualdades, existe uma força política que pretende se transformar, com valores de igualdade, liberdade, solidariedade, tem essa adesão que não tem precedentes no mundo ”, expôs à revista Caras y Caretas.
Civila descreveu o Frenteamplismo como um fenômeno político, social e cultural que vai além dos 130 mil votos expressos em suas eleições internas.
Fez menção de ir ao encontro de quem participou e de quem não participou e daí a importância do trabalho nos territórios, das estruturas de base e do diálogo com os diversos grupos.
Destacou ainda a eleição de Fernando Pereira com um apoio muito importante, entre outras opções, de uma mensagem política de unidade na diversidade, rumo à consulta cidadã do dia 27 de março.
Nos meses anteriores, ele defendeu um diálogo sincero com a população e desvendar a verdade do que sofre a sociedade uruguaia em decorrência desses 135 artigos da LUC, de como ela se explicita e se articula com um modelo de governo.
Ele enfatizou que deve estar ligada às circunstâncias “de abuso policial, perda de poder de compra, salários e pensões, a retirada do Estado de áreas socialmente sensíveis, a perda de direitos trabalhistas, a falta de garantias para os inquilinos”.
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