O vice-diretor-geral do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Loneque Diu, disse ao Jornal de Angola que durante o ano que acaba de terminar pelo menos 1.124 hectares estavam livres de artefatos explosivos, vestígios da guerra civil neste país africano (1975-2002 )
A área beneficiada, com verificação e retirada de minas, compreendeu 67 quilômetros (km) de estrada, 28 km de redes de aquedutos, 96 km de linha de transmissão elétrica de média tensão, áreas agrícolas, subestações elétricas e demarcações de empreendimentos turísticos, informou o entrevistado.
Durante os últimos 12 meses, acrescentou, 382 minas antipessoal e 39 minas antitanque foram removidas e destruídas, bem como 7.914 artefatos explosivos não detonados e 38.246 munições de pequeno calibre.
No entanto, foram 41 acidentes, com 68 feridos e 26 mortos, lamentou o especialista, que destacou as ações educativas e de sensibilização da população, que atingiram diretamente mais de 100 mil habitantes, entre meninos e meninas.
Em 2022, explicou, as brigadas do INAD continuarão a formação técnica, campanhas de educação sobre o risco de minas terrestres, investigações de áreas suspeitas ou minadas, remoção e destruição dos recursos encontrados.
O maior desejo do governo é que todo o território esteja livre de minas e outros artefatos explosivos; Por isso, afirmou, os operadores públicos, as empresas de desminagem e as organizações não governamentais estão empenhadas neste objectivo.
Segundo Loneque Diu, todas as províncias requerem intervenções do INAD, já que o conflito armado afetou todo o país, mas atualmente os maiores perigos estão nos territórios do Bié, Cuando Cubango, Cuanza Sur, Lunda Sur e Moxico.
No Cuando Cubango, o INAD dá especial atenção ao projeto Okavango Zambeze, por se tratar de uma iniciativa de turismo transfronteiriço que poderá empregar muitos jovens e angariar recursos para os cofres do Estado, destacou.
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