Em entrevista à agência Sputnik, o diplomata garantiu que a Rússia está aberta à ampliação do intercâmbio internacional do continente africano com a China e a União Européia.

Moscou, segundo Tkachenko, entende que “muitos têm seus próprios interesses econômicos e políticos, que nem sempre coincidem com os dos outros”.

“Mas acreditamos que a competição saudável pode até beneficiar a causa, o principal é que ela seja civilizada. Nossa abordagem de princípios é focar na cooperação, não no confronto”, frisou.

Ao mesmo tempo, o diplomata sublinhou que em África ainda são os seus nacionais que têm de decidir com quem e como cooperar.

As declarações do representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia respondem às críticas da França pela possível cooperação das autoridades de Bamako com uma empresa de segurança privada russa, um acordo que ainda não existe.

“Consideramos que as críticas devem ser substanciais e baseadas em fatos ou evidências credíveis. Neste caso, a reação francesa à possível relação das autoridades do Mali com as empresas privadas russas parece um tanto exagerada, por algo que ainda não existe”, disse Tkachenko.

Nesse sentido, o ministro das relações exteriores russo, Sergei Lavrov, alertou anteriormente que as acusações contra seu país sobre o envio de supostos mercenários para o Mali são infundadas.

A esse respeito, reiterou que Moscou já explicou a seus colegas franceses o tipo de intercâmbio que estão desenvolvendo.

Em uma entrevista ao Sputnik, o ministro das Relações Exteriores do Mali, Abdoulaye Diop, também assegurou que a campanha da mídia contra a Rússia sobre o trabalho de entidades de segurança russas independentes em seu país visa acabar com a cooperação.

Moscou negou repetidamente as acusações sobre a presença militar da Rússia em vários países africanos, em particular, o Kremlin afirmou que em Bamako não há representantes das forças armadas nacionais.

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