“Se os estadunidenses acreditam que isto deveria ser tratado pelas mesmas equipes que participaram do diálogo sobre estabilidade estratégica por menos de seis meses, então a interlocutora do lado americano seria a secretária de Estado adjunta Wendy Sherman”, disse ele.
Segundo o vice-ministro das Relações Exteriores, Sherman, “além de ser uma diplomata de primeira classe e uma excelente profissional, é uma pessoa que defende muito fortemente os interesses dos EUA, o que significa que não haverá um caminho fácil em qualquer caso”.
Ele disse que, de qualquer forma, Moscou está pronta para esse diálogo e observou que o objetivo de seu trabalho, como chefe da contraparte russa nas negociações, é encontrar pontos de compreensão, mesmo nas situações mais difíceis.
Riyabkov disse que seu país não se enganou ao apresentar propostas sobre garantias de segurança aos Estados Unidos e à OTAN e fará o seu melhor para que o Ocidente entenda isto.
Ele enfatizou que a Rússia não está mentindo quando exige definitiva e firmemente que a decisão da cúpula de Bucareste de 2008 sobre a adesão da Ucrânia e da Geórgia à OTAN seja retirada e quando diz que uma maior expansão desse bloco militar para o leste deve ser descartada.
Ele explicou que o mesmo é verdade quando Moscou reitera que a infraestrutura da Aliança Atlântica e todo tipo de ações provocatórias para esta nação devem retornar às posições de quando o acordo Rússia-OTAN de 1997 foi assinado.
“Não estamos blefando, estas são nossas propostas reais”, disse Riyabkov.
Ele enfatizou que a transmissão de tal raciocínio será uma prioridade nas conversações com as contrapartes ocidentais.
O vice-ministro das Relações Exteriores observou que o conflito com o grupo euro-atlântico é urgente, grande e grave.
“Devemos pôr um fim ao avanço da OTAN, sua infraestrutura e capacidades mais ao leste”, enfatizou ele.
Em 17 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou sua proposta de acordo com Washington sobre garantias de segurança, bem como um projeto com iniciativas para um possível acordo com os Estados membros da OTAN, que entregou mais cedo ao lado dos EUA.
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