Segundo o último relatório do Ministério da Saúde (Minsa), a semana epidemiológica 51 (de 19 a 25 de dezembro) encerrou com 4.141 casos, o que representa 1.651 a mais que a anterior (de 12 a 18 de dezembro), quando 2.490 foram registrados, ou seja, um aumento de 66,3 por cento.
O portfólio destaca que embora as internações em enfermaria e unidades de terapia intensiva tenham aumentado de 135 na semana epidemiológica anterior para 165 nos últimos sete dias, o impacto positivo da vacinação é evidente, pois para essa mesma data em 2020 foram contabilizados 2.031.
A este respeito, o Ministro da Saúde, Luís Francisco Sucre, insistiu no apelo à população para que mantenha as medidas de biossegurança nestas festas de fim de ano, bem como a importância da vacinação.
O oficial pediu para não participar de reuniões de massa e “manter distanciamento físico com pessoas que não sabemos se estão vacinadas”, disse ele.
Até o momento, o Panamá atingiu mais de 81% da população-alvo – mais de 12 anos de idade – com as duas doses do calendário de vacinação.
O processo será retomado amanhã, segunda-feira, após uma pausa para as festas de Natal, disse Sucre, acrescentando que até ao final do ano aspira a não mais mortes pela pandemia e a manter o controle dos números, “mas vai depender de todos nós”, frisou.
Ele lembrou que até o momento não foram adotadas novas restrições, embora os feriados públicos tenham sido suspensos para o Natal ou o final do ano.
O Minsa destacou em relatório recente que o aumento das infecções havia sido previsto após as tradicionais festividades de novembro passado relacionadas com o Bicentenário da Independência da Espanha.
Por outro lado, a identificação da variante Omicron nesta semana em nove pessoas, enquanto outras 17 são suspeitas, levou as autoridades a reiterar o apelo à manutenção das medidas de biossegurança e à vacinação.
O executivo decidiu reduzir de seis para três meses o tempo para a administração de uma dose de reforço para maiores de 16 anos.
O assessor do Consórcio de Pesquisa de Vacinas Covid-19, Eduardo Ortega, disse que o aumento de casos pressagia uma quarta onda com a presença de Omícron.
A primeira foi em agosto de 2020, a segunda em dezembro daquele ano e a terceira entre abril e agosto deste 2021, mas o país -segundo Ortega- já demonstrou com a Delta que sabe como lidar com essa situação.
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