O líder da Apruebo Dignidad liderou a contagem na França com um total de 1.343 votos, em comparação com o candidato da Frente Social Cristã, José Antonio Kast, que obteve 159 votos, um total de 10 por cento.

Deve-se notar que no primeiro turno das eleições presidenciais chilenas, a ultradireita Kast obteve apenas 97 votos na França, chegando em terceiro lugar, enquanto o esquerdista Boric encabeçou a pesquisa com 1,13 votos.

Segundo Franck Gaudichaud, professor de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Toulouse Jean Jaurés, “a vitória de Boric é sem dúvida um triunfo para o movimento popular, mas teremos que ter cuidado porque o novo presidente vai ter um momento muito difícil, com um Parlamento muito dividido e um Senado nas mãos da direita”, disse ele ao Prensa Latina.

Por sua vez, a Associação França América Latina (FAL), fundada em 1970 quando Salvador Allende tornou-se presidente do Chile, comemorou “a derrota da extrema direita” e ressaltou que “a vitória clara do povo chileno, com uma participação histórica, é também uma excelente notícia para a América Latina e o Caribe”.

Em seu comunicado eles lembraram que “o jovem deputado e ex-líder estudantil (Boric) derrotou José Antonio Kast com uma plataforma de maior justiça social”, uma expressão do descontentamento social que foi expresso em “uma revolta popular sem precedentes em 2019 e mostrou sua rejeição ao sistema atual”.

O presidente recém-eleito tomará posse oficialmente em 11 de março e pretende promover uma grande reforma tributária para envolver os mais ricos em seu programa para melhorar o acesso à saúde, educação e a criação de um novo sistema de pensão, que atualmente é inteiramente privado.

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