Em reunião realizada no Ateneu de Madri, patrocinada pela campanha É hora de quebrar o bloqueio a Cuba!, o filme de 60 minutos foi valorizado como uma novidade e um vislumbre das raízes da ilha caribenha.
Ana Hurtado, uma andaluza que viveu 11 anos em Barcelona, explicou recentemente à Prensa Latina que foi a Cuba em 2017 com a ideia de filmar o que seria uma amostra bucólica da realidade da ilha caribenha.
Ele mudou de ideia quando descobriu “a força dos afrodescendentes, das raízes e da cubanidade”. Depois voltou para a maior das Antilhas naquele mesmo ano e mais duas vezes em 2018: resultado, Herência, com boa recepção na Espanha dentro de uma jornada arriscada para conseguir maior divulgação.
Diante dos comentários dos espectadores após a projeção, ela explicou que tem mais de 90 horas de filmagem, das quais utilizou 60 para fazer um material mais condensado e atraente para as pessoas.
“Há duas coisas, entre muitas, a serem especialmente destacadas. A força e o apego dos cubanos aos seus antecedentes, sua história com uma grande diversidade de religiões que sobrevivem em harmonia; e outra verdade enorme, Cuba governa obedecendo ao povo”, enfatizou.
A este respeito, o Embaixador Encarregado de Negócios de Cuba na Espanha, Eumelio Caballero, comentou que a coexistência de diferentes religiões é uma das características de seu país, o que evidencia sua diversidade cultural.
Em diversas conversas com a Prensa Latina, Ana Hurtado mencionou que seu início no jornalismo foi em Sevilha, sua terra natal, mas diante de algumas frustrações decidiu tentar a sorte em Barcelona e o audiovisual tornou-se seu estilo preferido.
“Para quem tem formação de repórter, dá medo detectar quanta manipulação há em torno de Cuba e como o mesmo modelo que os Estados Unidos tentaram contra a Venezuela ao tentar derrotar a Venezuela, agora repetem com a ilha”, refletiu.
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