Em entrevista à Prensa Latina, a representante considerou que as recentes transformações legislativas do país visavam uma maior proteção destas garantias.
A aprovação em 2019 da nova Carta Magna cubana e o calendário que surgiu visa a uma maior proteção dos direitos que não estavam na anterior, disse ela.
Goicochea lembrou, no entanto, que a sociedade civil cubana se beneficia desde 1959 do gozo desses direitos com acesso à educação, saúde, moradia, esporte, cultura, ciência, entre outros.
Desde que fomos formados como país, fomos diferentes, com uma democracia baseada na participação popular, acrescentou.
Entre as mudanças recentes mais significativas, a presidenta do ACNU mencionou a proposta do Código das Famílias, que promove o reconhecimento de diferentes tipos de famílias, protege os idosos e reconhece os direitos inerentes aos membros da família.
Da mesma forma, outros projetos relacionados a processos criminais militares e ao Planejamento Urbano e Territorial, que serão estudados no Parlamento, trazem mais poder à sociedade.
Apesar destes avanços, uma campanha permanente contra o sistema cubano manipula o tratamento das garantias civis e políticas, consagradas nos direitos econômicos, sociais e culturais, ponderou a representante.
“Eles frequentemente tentam distorcer nossa democracia, mas isso não é possível: a democracia faz parte da expressão da própria sociedade”, disse ela.
Estas acusações são estruturadas com base em padrões ideológicos contra o sistema, que não pode ser um exemplo na concepção neoliberal dos Estados Unidos.
Daí a tese do Presidente Joe Biden de que Cuba é um Estado fracassado.
“Um estado que eliminou o analfabetismo, onde a saúde é um direito e onde fabrica cinco vacinas e imuniza toda a sua população pode ser considerado um fracasso?
Neste sentido, ela lembrou realizações como a confirmação da brigada Henry Reeve para a colaboração médica e avanços na cultura e no esporte como direitos humanos básicos.
Além disso, organizações sociais estão trabalhando para garantir a integração de pessoas com deficiências físicas e motoras.
“O bloqueio econômico, comercial e financeiro viola os direitos dos cubanos enquanto esse Estado continua a trabalhar para o bem-estar de sua população”, enfatizou.
A sociedade civil deu um exemplo dos esforços do governo para garantir o pleno gozo das garantias e continuar trabalhando para sua consolidação.
A ACNU, como parte disto, continua empenhada em trabalhar com todos para o bem de todos, concluiu.
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