29 de March de 2024
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Colômbia se lembra do Massacre das Bananeiras

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Colômbia se lembra do Massacre das Bananeiras

Bogotá, 6 dez (Prensa Latina) Muitos colombianos hoje se lembram do chamado Massacre da Fábrica de Bananas perpetrado há 93 anos, no qual mais de 1.800 trabalhadores foram mortos por exigirem condições dignas e garantias de seus direitos.

A senadora do Partido Comunes Sandra Ramírez lembrou que o massacre foi ordenado pelo governo de Miguel Abadía Méndez e ocorreu em Ciénaga, Magdalena, pelo Exército Nacional.

O massacre contra os trabalhadores da empresa estadunidense de bananas United Fruit Company ocorreu entre 5 e 6 de dezembro de 1928 depois que o governo do conservador Miguel Abadía Méndez decidiu pôr fim a uma greve de um mês organizada pelo sindicato que procurava garantir melhores condições de trabalho, lembrou também o Partido Comunista Colombiano.

Em 6 de outubro daquele ano, uma assembleia da União Sindical de Trabalhadores de Magdalena, em Ciénaga, aprovou por unanimidade a lista de exigências nas quais pediam à United Fruit Company e aos produtores nacionais um seguro coletivo obrigatório, uma reparação por acidentes de trabalho, salas higiênicas e descanso dominical.

Além disso, um aumento de 50% nos salários dos funcionários que ganhavam menos de 100 pesos por mês, abolição dos comissariados, cessação dos empréstimos de vales, pagamento semanal, abolição do sistema de contratados e melhoria do serviço hospitalar.

A United Fruit Company viu as exigências dos trabalhadores como uma ameaça à sua operação na Colômbia. Se os trabalhadores o impusessem, a empresa teria que aumentar os salários e o preço de compra dos produtores colombianos.

Diante da recusa da empresa, a maior greve da história colombiana eclodiu em 28 de novembro daquele ano, quando mais de 25.000 trabalhadores das plantações se recusaram a cortar bananas produzidas pela United Fruit Company e por produtores nacionais sob contrato com a empresa.

A empresa se recusou a negociar e argumentou que a greve não poderia ser vista como uma parada legítima do trabalho, mas como uma rebelião contra a autoridade estabelecida, fomentada por agitadores de fora do conflito.

Apesar da forte pressão, a empresa estadunidense não cedeu e, ao contrário, o exército interveio e atirou em vários trabalhadores e feriu outros que protestavam pacificamente.

O evento foi retratado em obras transcendentais da literatura colombiana por renomados autores como Gabriel García Márquez, em sua obra Cem Anos de Solidão; Álvaro Cepeda Samudio, em seu romance La casa grande; e o dramaturgo Carlos José Reyes.

mem/otf/vmc

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