29 de March de 2024
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Brasil-2021: Lula dois anos livre e 22 vitórias judiciais

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Brasil-2021: Lula dois anos livre e 22 vitórias judiciais

Por Osvaldo Cardosa* Brasília (Prensa Latina) Sob o lema de que a força mais convincente é a inocência, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva completou dois anos de liberdade em 8 de novembro, após 580 dias de prisão política (de 7 de abril de 2018 a 8 de novembro de 2019).

As ações manipuladas da operação judicial Lava Jato, lideradas pelo ex-procurador Deltan Dallagnol e pelo juiz Sérgio Moro, foram suficientes para retirar o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) das eleições de 2018 e preparar o caminho para a vitória de Jair Bolsonaro.

Como era de se esperar, o antigo presidente trabalhista sofreu então uma avalanche de acusações nos tribunais, mas com o tempo ele mostrou a verdade livre de culpas e comprovou sua pureza moral inigualável.

Agora, mais de três anos depois dessa votação, Lula, depois de recuperar seus direitos políticos, lidera todas as pesquisas de opinião no período que antecede as eleições do próximo ano, nas quais Bolsonaro espera ser reeleito e Moro também almeja chegar ao poder.

Durante o calendário que está terminando, o ex-presidente conseguiu recuperar sua elegibilidade e também registrar impressionantes 22 vitórias no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo os analistas, estas recompensas judiciais trouxeram à luz, mais uma vez, a caça orquestrada montada por grupos do Ministério Público Federal (MPF) e do Judiciário para destruir Lula como ator político, assim como para privá-lo de seus direitos eleitorais.

Claramente, eles testemunham a perseguição legal e midiática contra o líder petista, que em 18 de novembro mostrou seu triunfo na justiça quando um tribunal em São Paulo encerrou a investigação contra três de seus filhos por falta de provas.

A retumbante vitória veio depois que a Quinta Vara Criminal Federal de São Paulo aceitou o pedido do MPF e pôs fim à investigação contra Fábio Luis, Marcos Cláudio e Sandro Luis Lula da Silva.

Esta investigação foi baseada em supostas provas fabricadas no contexto da Lava Jato e, portanto, foi considerada nula e sem efeito pelo STF, dada a suspeita de parcialidade de Moro em seu julgamento.

O Ministério Público Federal aceitou o argumento da defesa de que a investigação, que questionava os filhos de Lula por suposta evasão fiscal relacionada a pagamentos feitos entre suas empresas, era baseada no material da Lava Jato.

“Com razão para a defesa. Uma vez reconhecida a ilegalidade dos elementos de condenação acumulados nas ações penais originais que demonstraram o recebimento da renda tributável, a caracterização do crime de evasão fiscal é prejudicada”, concluiu a promotora Rhayssa Castro Sanches Rodrigues.

Os advogados de Lula corroboraram que o material utilizado para abrir a investigação contra os filhos tem sua origem na “Operação Lava Jato de Curitiba”, anteriormente declarada nula pelo Supremo Tribunal depois de reconhecer a incompetência da décima terceira corte federal da cidade do sul.

Desde o final de sua prisão, o ex-chefe de estado esteve mais de 20 vezes no tribunal, expondo a lei da qual ele foi alvo.

Sua vitória mais emblemática veio na alta corte que anulou quatro ações contra ele, declarando a prática de Moro tendenciosa e suspeita.

Depois que a Suprema Corte confirmou em 23 de junho que o ex-juiz agiu iniquamente em casos judiciais, a defesa de Lula disse que a decisão é “uma vitória para a justiça” e a restauração do devido processo legal e “da credibilidade do judiciário no Brasil”.

Ela reiterou que, desde a primeira manifestação escrita, em 2016, Moro utilizou o cargo de juiz para praticar a advocacia e “promover uma verdadeira cruzada contra o ex-presidente Lula”.

BOLSONARO ENTRE A IMPOPULARIDADE E A CRISE

Na mesma proporção em que Lula somou vitórias judiciais e fortaleceu suas intenções eleitorais no ano, a aprovação de Bolsonaro caiu, atingindo seu pior nível desde o início de sua administração em janeiro de 2019.

Uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisas Atlas, em colaboração com o jornal Valor Econômico, publicada em 29 de novembro, mostra que apenas 19% dos entrevistados avaliam positivamente o desempenho do governo federal.

Esta é a pior classificação registrada desde o início da série histórica, no primeiro mês do mandato do ex-capitão do exército.

Uma pesquisa anterior, realizada em setembro, mostrou que a proporção de avaliações positivas era de 24%. Em maio, era 31 por cento.

A desaprovação de Bolsonaro também atingiu o nível mais alto do registro: 65% dos entrevistados disseram desaprovar o trabalho individual do ex-paraquedista.

Esse número é o mesmo que o relatado em maio do ano passado, quando a pior avaliação foi alcançada até então.

Para a amostra, a Atlas entrevistou 4.921 pessoas on-line entre 23 e 26 de novembro. A margem de erro é de um ponto percentual e a taxa de confiança é de 95 por cento.

O portal de notícias UOL argumenta que os sinais atualmente apresentados pelas pesquisas de opinião são preocupantes para aqueles que buscam uma campanha de reeleição.

Adverte que Bolsonaro é o primeiro presidente em exercício a não liderar nas urnas com um ano pela frente antes das eleições, algo que não aconteceu nas tentativas bem sucedidas de Fernando Henrique Cardoso em 1998, Lula em 2006 e Dilma Rousseff em 2014.

Ao longo de 2021, o ex-oficial militar enfrentou crises em seu governo: desde problemas de saúde, com a pandemia de Covid-19 que já custou mais de 615.000 vidas até hoje, até ataques à democracia, às instituições e ao processo eleitoral.

A situação de Bolsonaro é muito difícil porque é um conjunto de crises que são muito difíceis de administrar, disse o professor de ciências políticas da Universidade Federal de Minas Gerais Cristiano Rodrigues.

Ele advertiu que a pandemia, que já é complicada em si mesma, aumentou “com severamente graças às ações do governo”.

rmh/ocs/vmc

*Correspondente da Prensa Latina no Brasil

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