19 de March de 2024
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Cuba: mais um ano de resistência ao bloqueio dos EUA

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Cuba: mais um ano de resistência ao bloqueio dos EUA

Por Ernesto Vera Mellado (*)

Havana (Prensa Latina) Depois de quase um ano no poder, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não mostra intenção de cumprir sua promessa eleitoral de reiniciar o degelo com Cuba; em vez disso, sua política contra a ilha é fortalecida.

Segundo o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos constituiu o maior obstáculo para o enfrentamento da Covid-19 no país, que teve sua fase mais complexa em 2021.

Durante a pandemia, a maior das Antilhas enfrentou o cerco norte-americano, já intensificado com 243 medidas ditadas pelo governo do ex-presidente Donald Trump (2017-janeiro de 2021), que permanecem intactas e incham sob o governo do atual presidente.

Entre elas está a manutenção da ilha na lista unilateral elaborada por Washington de países que, em sua opinião, não contribuem suficientemente para a luta contra o terrorismo internacional.

Como resultado dessas sanções, o sistema de saúde cubano foi privado da aquisição de tecnologias, medicamentos e material médico adequado, como luvas, máscaras e ventiladores pulmonares, para fazer frente à emergência sanitária nos hospitais.

As medidas de bloqueio obrigam Cuba a procurar intermediários para acessar certos produtos, pagar mais seguros e fretes e aumentar as comissões aplicadas pelas entidades bancárias-financeiras, o que aumenta significativamente os gastos que a ilha deve assumir.

Segundo a página do Banco Central de Cuba, somente em 2020 houve danos ao sistema bancário da ilha caribenha em 191 ações associadas a 99 entidades financeiras estrangeiras; situação que se agravou durante o ano que culminou com a perseguição aos negócios da ilha.

Segundo Rodríguez, o cerco dos Estados Unidos tem um custo diário de 12 a 15 milhões de dólares para o povo cubano e atinge todas as esferas da economia.

AUMENTO DE SANÇÕES

O governo Biden, de forma oportunista, aumentou as sanções contra as empresas cubanas em meio à crise epidemiológica e econômica internacional, a fim de sufocar a economia, criar inquietação na população e provocar uma mudança de regime.

“O plano imperialista é ajudar a pandemia a causar mortes e um número incontrolável de infecções”, denunciou Carlos Fernández de Cossío, diretor-geral de Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores .

Como parte dessa estratégia, é promovida simultaneamente desde a nação do norte, uma intensa campanha mediática de descrédito, alimentada com o uso de redes sociais, para estimular protestos e criar uma imagem de Cuba como um Estado falido que justifique a manutenção e o fortalecimento dessa política.

Recentemente, em comparecimento perante o corpo diplomático aqui credenciado, o Ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez denunciou as persistentes tentativas de Washington de subverter a ordem constitucional por meio da organização e financiamento de agentes externos e internos, que qualificou de ato grave e violador do Direito Internacional.

Ele também denunciou a participação nesse propósito de altos funcionários da Casa Branca, outras agências norte-americanas e personalidades do governo daquele país.

Essa abordagem é usada para intensificar o cerco à ilha, com base em campanhas com um forte maquinário de comunicação baseado em mentiras, afirmou.

NOVAS AMEAÇAS

Diante do apelo à fracassada marcha contra-revolucionária de 15 de novembro, qualificada como ilegal e ilegítima pelas autoridades da ilha, altos funcionários dos Estados Unidos ameaçaram mais sanções contra Cuba.

Em 8 de novembro, após 10 meses de governo Biden, Jake Sullivan, seu assessor de Segurança Nacional, disse em entrevista à CNN que “as circunstâncias mudaram” na estratégia em relação à ilha depois que ocorreram distúrbios em várias cidades de Cuba em 11 e 12 de julho .

Mas muito antes desses eventos, Washington deixou claro que não mudaria substancialmente a política de Trump sobre esse assunto.

Em abril deste ano, o assessor do dignitário norte-americano para a América Latina, Juan González, afirmou que em matéria de política para Cuba, Biden “não é Barack Obama” -aquele que iniciou um processo de reaproximação com a ilha- e sugeriu que a revisão dessa estratégia não era uma prioridade para o atual governo.

Cinco meses depois, o presidente dos Estados Unidos assinou a prorrogação, por mais um ano, da Lei de Comércio com o Inimigo, um dos estatutos da Casa Branca que sustenta o bloqueio à Cuba.

O memorando assinado pelo presidente do país do norte afirma que “a continuação do exercício dessas autoridades com relação a Cuba durante um ano é do interesse nacional” de seu país, e define a data para uma nova revisão em 14 de setembro de 2022.

A repetida prorrogação do bloqueio ignora a rejeição da maioria absoluta da comunidade mundial, expressa em junho passado, na sua vigésima nona ocasião, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Desta vez, 184 países expressaram seu apoio à resolução Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos a Cuba, apresentado pela ilha, enquanto dois votaram contra (Estados Unidos e Israel) e três se abstiveram.

Diante desse cenário de agravamento da hostilidade de Washington, porém, cresceu a solidariedade internacional com a ilha, expressa em pronunciamentos e ações concretas de ajudas de governos, parlamentares, organismos internacionais, pessoas de boa vontade e cubanos residentes no exterior.

Toneladas de suprimentos médicos, alimentos e remédios chegaram a Cuba para ajudar a enfrentar a complexa situação epidemiológica e econômica derivada da pandemia e do cerco dos Estados Unidos.

Apesar da persistência da política de Washington, esta nação das Antilhas terminará 2021 com toda a população vacinável imunizada contra Covid-19 com seus próprios injetáveis, incluindo aqueles em idade pediátrica (2 a 18 anos), e imersa em uma batalha pela recuperação econômica, com o retorno gradual à normalidade.

arb / ool / evm / hb

(*) Jornalista da Redação Nacional da Prensa Latina

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