A agência Bloomberg, especializada em questões econômicas, destacou o crescimento do mercado de carros elétricos, que requer baterias mais duráveis em comparação com as existentes, e ambos os minerais estão entre seus componentes, daí os novos investimentos.

Atualmente, o complexo mineiro de Moa, Holguín, no nordeste de Cuba, produz cerca de 35.000 toneladas de níquel mais cobalto por ano, e os investidores esperam aumentar este número em 20% para atender a demanda do mercado.

A Bloomberg disse que o novo chefe da corporação, Leon Binedell, que visitou Cuba no final de outubro, planeja superar a produção atual. “Essencialmente buscar a oportunidade de menor capital e menor risco para o Sherritt é uma maneira significativa de aumentar os fluxos de caixa e buscar o crescimento”, disse ele.

A empresa canadense está atualmente em processo de reforma e expansão de seus ativos para enfrentar o desafio de menor uso de combustíveis fósseis.

“É necessária uma medida de velocidade. A intenção é maximizar a produção e a expansão antes do vencimento de nossa dívida”, disse ele à Bloomberg. Embora as perspectivas de demanda por metais sejam boas, há desafios no processamento dos complexos minerais encontrados em Cuba, onde as empresas estrangeiras também têm que navegar pelo embargo comercial americano, disse a agência, citando fontes comerciais.

Os impactos da Covid-19 junto com as sanções de Washington criaram muita pressão sobre o governo, observou Binedell, acrescentando que Sherritt e a liderança cubana encontraram “grande alinhamento” no plano de expansão de Moa.

Binedell, um executivo nascido na África do Sul que assumiu o cargo principal na Sherritt após servir como diretor financeiro na mineradora Guyana Goldfields Inc, pôde ver a operação de Moa em primeira mão durante sua visita à ilha.

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