Assinado pela diretora do escritório da BioCubaFarma em Moscou, Idania Caballero, e pelo vice-reitor do centro russo de estudos superiores, Igor Eremin, o documento expressa a intenção das partes de ampliar a colaboração científica, educacional e empresarial.
Em tal sentido, está prevista a criação na Rússia de um centro científico e prático para a formação de especialistas cubanos de alta qualificação no setor farmacêutico, de grande importância para a ilha, explicou a Prensa Latina Adolfo Castillo, agregado Científico-Técnico de BioCubaFarma nesta cidade.
Ele ressaltou que também será promovida a realização de projetos de pesquisa básica de interesse mútuo para a geração de novos produtos, tecnologias farmacêuticas inovadoras, equipamentos e dispositivos.
Castillo destacou que entre os resultados se espera a obtenção de novos métodos terapêuticos e patentes conjuntas que incrementarão as capacidades farmacêuticas de Cuba e da Rússia.
Ele assegurou que a Universidade Mendeleev, líder da Rússia em tecnologias químicas e farmacêuticas, reconhece o prestígio da biotecnologia cubana, seus resultados no campo da saúde humana, animal e vegetal e, mais recentemente, suas conquistas com imunizantes nacionais para enfrentar a Covid-19.
‘Esses resultados não são de agora, eles vêm há muito tempo com as vacinas feitas na BioCubaFarma para o tratamento da Hepatite B, doenças pediátricas e infecciosas. Por isso, eles reconhecem esse prestígio que conquistamos como instituição’, disse.
Por sua vez, Eremin lembrou que as relações entre essa universidade e Cuba se baseiam em uma longa história de dezenas de anos e que os graduados bem-sucedidos do centro agora dirigem e têm responsabilidades importantes em instituições relacionadas com o setor na ilha.
Ele afirmou que a Universidade Mendeleev é a número um em Química na Rússia, seus estudos vão da água ao cosmos, então este memorando abre novas e grandes oportunidades de colaboração.
‘Sabemos que Cuba tem jovens excelentes, com boa ciência, com grande desenvolvimento da medicina, com alto nível de pesquisa’, disse.
O acadêmico russo destacou que por estes motivos o centro tem interesse em ampliar a colaboração com Cuba, não só para a formação de especialistas, mas também para a formação de estudantes universitários.
‘Estamos prontos para receber um grande número de estudantes cubanos e treiná-los com um alto nível profissional, necessário para o desenvolvimento dos diferentes setores da ciência e da economia cubana’, destacou.
Destacou que existem amplas possibilidades de aumentar a cooperação na formação de recursos humanos e no relacionamento com a indústria, não só cubana, mas também da Rússia, que atua em diferentes áreas do desenvolvimento econômico.
A assinatura do memorando ocorreu na sede da missão diplomática cubana em Moscou e contou com a presença do embaixador Julio Garmendía; o Ministro da Educação e Ciência, Gustavo Cobreiro; bem como representantes da Universidade Russa de Tecnologia Química.
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