26 de April de 2024
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Alerta na Venezuela sobre possíveis conspirações pós-eleitorais

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Alerta na Venezuela sobre possíveis conspirações pós-eleitorais

Caracas, 12 out (Prensa Latina) As recentes declarações intervencionistas do Alto Representante para as Relações Exteriores da União Europeia (UE) hoje levantam suspeitas sobre possíveis conspirações após as eleições de novembro na Venezuela, disse uma fonte especializada.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou na semana anterior que a missão de observação eleitoral, nomeada pelo bloco comunitário para as próximas eleições, teria como objetivo acompanhar a oposição venezuelana e o seu relatório final ‘legitimará ou deslegitimará’ o acontecimento democrático.

Segundo artigo do grupo de pesquisa e análise Misión Verdad, o diplomata parece não estar atento aos tempos políticos, conforme os comentários feitos sobre o viés da delegação de observadores e a suposta arbitragem com ares coloniais.

Tendo em conta que a anunciada missão de observação eleitoral da UE faz parte dos acordos entre o Governo Bolivariano e a oposição, é importante que os fatos e declarações sobre a situação venezuelana sejam o menos preocupantes possível, sublinhou a fonte.

Misión Verdad também questionou a possibilidade de que o relatório pós-eleitoral do bloco comunitário tente emular o papel da Organização dos Estados Americanos na Bolívia em 2019, quando um relatório fraudulento abriu a brecha para o cenário do golpe contra Evo Morales.

Tanto o governo venezuelano como o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) exigiram retificações do alto funcionário europeu, tendo em vista as alegações de utilizar a delegação de observadores em benefício de um viés político.

Em um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, o Executivo Bolivariano confirmou que não vai aceitar qualquer interferência no processo eleitoral em novembro, cuja legitimidade e legalidade ‘não depende, nem vai depender, de qualquer ator estrangeiro, mas estritamente da soberania popular ‘, frisou.

Por sua vez, o presidente da CNE, Pedro Calzadilla, afirmou que as declarações de Josep Borrell violavam a soberania e independência da Venezuela e o espírito do acordo assinado entre as partes para acompanhar o desenvolvimento das próximas eleições.

Em declarações proferidas no domingo durante a simulação eleitoral, especificou que nenhum país autorizaria a presença de uma missão internacional, cuja autoridade expresse que vêm apoiar uma parcialidade política ou que a legitimidade do processo depende dos resultados do relatório divulgado por essa entidade.

A este respeito, o chefe do Conselho Latino-Americano de Peritos Eleitorais (Ceela), Nicanor Moscoso, considerou que as declarações do representante europeu continham um matiz político, ao contrário dos objetivos de uma observação técnica. Em comentários dirigidos à Rádio União, o presidente da Ceela disse que Borrell errou ao afirmar que a UE vinha à Venezuela para apoiar a oposição e que dependeria do relatório da missão, para legitimar ou não o resultado das eleições em 21 de novembro.

Diante desse cenário, um porta-voz do bloco comunitário afirmou na véspera que os observadores europeus convidados pelo mais alto órgão eleitoral do país sul-americano respeitarão integralmente os princípios da imparcialidade, objetividade e independência.

Segundo reportagens da imprensa, o porta-voz Peter Stano assegurou que ‘de forma alguma’ a UE pretende interferir no processo eleitoral venezuelano, porque ‘a não ingerência nas eleições está no cerne da missão e está incluída no acordo administrativo com o CNE ‘, disse ele.

Em 2020, a UE descartou o envio de observadores às eleições legislativas de 6 de dezembro, questionando as condições e garantias existentes, além de impor uma série de restrições, numa postura intervencionista veementemente rejeitada pelo Estado venezuelano.

A Venezuela irá às urnas no dia 21 de novembro para eleger os 23 governadores e 335 prefeitos do país, além dos membros dos conselhos legislativos regionais e municipais.

A renovação da CNE e a convocação das chamadas megaeleições foram um resultado direto dos acordos da mesa de diálogo nacional, instalada em 2019 entre o Governo Bolivariano e vários partidos da oposição.

npg/wup/cm

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