A mídia em Tel Aviv começou a reportar que veio de fontes israelenses, na tentativa de causar conflito entre as partes envolvidas na operação.
A este respeito, Ismail Maslamani, um especialista em assuntos israelenses, explicou que Tel Aviv lançou esta campanha para convencer o público de seu papel no processo como parte de um plano do presidente estadunidense Joe Biden.
O objetivo contempla distanciar o Líbano e a Síria do Irã e desacreditar a operação projetada e executada pelo Hizbullah libanês para trazer combustível de Teerã que de alguma forma aliviou a escassez existente.
Na opinião de Maslamani, em algum momento posterior o gás egípcio será substituído por reservas da Síria e Beirute receberá o gás de Damasco.
Enquanto isso, o especialista em economia Ziad Nasser Al-Din afirmou que a informação israelense forçaria uma explicação do Cairo sobre a origem do gás, já que Beirute jamais aceitaria se fosse do regime de Tel Aviv.
Nasser El-Din acrescentou que a Síria não aceitará a passagem por seu território de gás do que considera seu inimigo.
‘É um arquivo muito sensível e requer posições oficiais e claras do Egito e qualquer erro levará a conclusões ruins para Cairo e Beirute’, antecipou.
Segundo o pesquisador Ahmed Bahey El-Din Kandil, o Egito alcançou a autossuficiência de gás desde 2018, mas não há acordo de exportação ou importação com Israel.
Egito, Jordânia e Síria estão ligados por um oleoduto para transportar hidrocarbonetos e, nos últimos dias, números desses três países abordaram a possibilidade de levá-lo ao Líbano.
acl / arc / ls