Um total de 466 assembleias de voto e 1.386 assembleias de voto serão habilitadas nos 23 estados do país e no Distrito da Capital para realizar o julgamento, com o objetivo de verificar todos os elementos técnicos, logísticos e operacionais que fazem parte do evento democrático.
O presidente do CNE, Pedro Calzadilla, indicou que o exercício vai permitir testar as diferentes fases do sistema automatizado e da transmissão de dados, entre outras vertentes do processo.
Da mesma forma, o titular anunciou que o exercício contará com a presença de representantes do Conselho Latino-Americano de Peritos Eleitorais e da missão exploratória do Carter Center (Estados Unidos).
O órgão eleitoral máximo aprovou esta semana a resolução que regulamenta a presença de observadores internacionais nas eleições de novembro, que serão realizadas de acordo com os princípios constitucionais e legais do sistema jurídico venezuelano.
Ficou estabelecido que as entidades internacionais convidadas a participar das eleições devem aderir à sua conduta os princípios do respeito à soberania da nação sul-americana e da não ingerência nos assuntos internos, especialmente no exercício das atribuições do poder público. do Estado.
Nesse sentido, o Governo da Venezuela rejeitou na véspera as declarações intervencionistas do Alto Representante para as Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, sobre o processo eleitoral da nação sul-americana.
O chefe da diplomacia europeia afirmou nesta sexta-feira que a missão de observação desdobrada pelo bloco comunitário em face das próximas eleições visa acompanhar a oposição venezuelana e que o seu relatório final irá ‘legitimar ou deslegitimar’ o acontecimento democrático.
A este respeito, o Executivo Bolivariano denunciou em comunicado as tentativas de utilizar a delegação de observadores em benefício de um viés político, em prejuízo do acordo firmado entre a CNE e a entidade regional e em franca violação do direito internacional.
O governo venezuelano ratificou que não aceitará qualquer ingerência no processo eleitoral em novembro próximo, cuja legitimidade e legalidade ‘não depende, nem dependerá, de nenhum ator estrangeiro, mas estritamente da soberania popular’, frisou.
Da mesma forma, a Venezuela exigiu que os representantes da União Europeia se abstenham de manipular politicamente a missão de observação eleitoral e instou a esta a manter uma conduta estrita de imparcialidade e objetividade no processo eleitoral.
Os venezuelanos irão às urnas em 21 de novembro para eleger os 23 governadores e 335 prefeitos do país, além de membros dos conselhos legislativos regionais e municipais.
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