Modi na quinta-feira presidiu a 13ª cúpula virtual anual do grupo Brics, um acrônimo para o grupo que compreende Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Essas nações representam 42% da população mundial, 23% do Produto Interno Bruto global e 16% do comércio mundial, e cobrem uma área de cerca de 27% da superfície terrestre.
Modi apreciou a cooperação de todos os membros da Brics durante sua presidência transitória da organização.
Enfatizou que o agrupamento é uma voz influente para as economias emergentes do mundo e também serve para focalizar a atenção nas prioridades das nações em desenvolvimento.
Também destacou a criação pelos Brics de instituições fortes como o Novo Banco de Desenvolvimento, o Arranjo de Reserva de Contingência e a Plataforma de Cooperação em Pesquisa Energética.
Este ano, apesar dos desafios colocados pela Covid-19, além de reforçar a cooperação em áreas tradicionais, a agenda foi ampliada com a realização da primeira cúpula digital do grupo, que foi um passo inovador para aumentar o acesso à saúde com a ajuda da tecnologia.
Em novembro, os ministros da água se reunirão pela primeira vez sob o formato Brics, disse Modi.
Também observou a adoção do Plano de Ação contra o Terrorismo e o acordo de cooperação em constelação de satélites de sensoriamento remoto entre agências espaciais, entre outras iniciativas.
Destacou a cooperação entre os departamentos aduaneiros, o que facilitará o comércio entre os países-membros do agrupamento.
Observou o consenso sobre o estabelecimento de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas e a Aliança sobre turismo verde.
Afirmando que esta é a primeira vez que o Brics toma uma posição coletiva sobre o fortalecimento e a reforma dos sistemas multilaterais, Modi instou a garantir que o agrupamento se torne mais produtivo nos próximos 15 anos.
Durante a cúpula, o presidente russo Vladimir Putin chamou a atenção para a situação no Afeganistão e o impacto internacional que o alastramento do conflito interno naquele país além de suas fronteiras poderia ter.
Observou que a saída dos Estados Unidos e seus aliados da nação da Ásia Central levou a uma nova crise e ainda se desconhece como ela afetará a segurança regional e global.
O Presidente chinês Xi Jinping disse em seu discurso que nos últimos 15 anos, as cinco nações Brics melhoraram a comunicação estratégica, a confiança política e respeitaram o sistema social umas das outras.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa pediu acesso igualitário a vacinas, diagnósticos e terapias para a Covid-19 e enfatizou que a resposta coletiva das nações Brics à pandemia mostrou o que pode ser alcançado quando se trabalha em conjunto.
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