A reunião será realizada pelo segundo ano consecutivo por videoconferência para cumprir as recomendações das autoridades internacionais de saúde para manter distância e isolamento social como formas de prevenir a propagação do Covid-19.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, presidirá a reunião que terá como tema: Cooperação Intra-Brics para continuidade, consolidação e consenso.
Os meios de comunicação afirmam que Nova Delhi delineou quatro áreas prioritárias, incluindo a reforma do sistema multilateral, a luta contra o terrorismo, o uso de ferramentas digitais e tecnológicas para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a melhoria do intercâmbio entre as pessoas.
Além dessas questões, os líderes também trocarão opiniões sobre o impacto da pandemia do Covid-19 e outras questões globais e regionais atuais.
A cúpula deste ano coincide com o 15ú aniversário da formação do bloco de mercados emergentes, que já foi chamado de BRIC.
Cinco anos depois, a África do Sul ingressou e foi rebatizada de Brics, e desde 2009 os líderes dos países falam anualmente.
Em novembro de 2019, o gigante sul-americano sediou a décima primeira reunião e, na chamada Declaração de Brasília, que contemplou 73 pontos, os membros do fórum também reafirmaram seu ‘compromisso de ajudar a superar os importantes desafios que o multilateralismo enfrenta atualmente’.
Da mesma forma, preservar o papel central da ONU nos assuntos internacionais e respeitar o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, seus propósitos e princípios.
Segundo o jornalista e analista Marcelo Ninio, em seu blog no diário O Globo, as atitudes hostis com a China de Bolsonaro e seus seguidores criaram a percepção em Beijing de que uma relação de confiança com o Governo brasileiro no será possível enquanto o ex militar estiver no poder.
Para Ninio, embora o comércio bilateral tenha batido recordes e em público a posição do governo chinês seja de ‘paciência estratégica’, agora está menos interessado em manter abertos os canais de diálogo para avançar em temas de interesse do Brasil, como a abertura do mercado para mais produtos brasileiros.
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