28 de March de 2024
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Tarará: reverência de amor a Fidel, Cuba e seus médicos

Tarará: reverência de amor a Fidel, Cuba e seus médicos

Buenos Aires, 25 ago (Prensa Latina) O documentário Tarará , estreia do argentino Ernesto Fontan, hoje se torna uma reverência de amor a Cuba, a seu líder histórico, Fidel Castro, e a esses milhares de médicos da ilha, símbolos de dedicação e humanismo .

O filme é um dos que compõem a seção de DNA da Semana do Documentário Argentino, que começou ontem até o dia 31 de agosto, que permitirá que o espectador tenha acesso a cerca de vinte obras gratuitamente.

Conta a história comovente de duas crianças ucranianas (agora adultas), dentre as milhares de afetadas pelo trágico acidente nuclear de Chernobyl, que foram acolhidas no que foi o acampamento pioneiro de Tarará, convertido em hospital pediátrico para cuidar delas em Cuba.

As imagens são comoventes, os testemunhos de Vladimir Rudenko e Alexandr Savchenko e também de sua mãe Lídia. Mas, acima de tudo, a gratidão a uma cidade que passava por um dos seus momentos econômicos mais difíceis e sem hesitar acolheu de 1990 a 2011 mais de 26 mil crianças que chegaram com patologias distintas, afetadas pela radiação.

O audiovisual nasceu das mãos da EFAC (Espaço da Fraternidade Cubana Argentina), motivada por contar uma parte de muitas das histórias do trabalho solidário daquela ilha caribenha no mundo.

Em janeiro de 2019, uma equipe técnica de oito pessoas viajou a Havana, justamente quando Cuba comemorava 60 anos do Triunfo da Revolução. Foi uma viagem e uma filmagem muito emotiva, destacou seu diretor, Ernesto Fontan, com exclusividade para a Prensa Latina.

O jovem conhecia não apenas o grande trabalho dos profissionais de saúde, mas também seu trabalho como formadores de milhares de médicos. Cuba povoou o mundo inteiro de médicos por meio da Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), onde se ensina uma profissão de vocação social, afirmou.

O que tem feito essa ilha pelos povos necessitados é muito valioso. Nunca hesitou em estender a sua mão solidária, disse Fontan, que lamentou que a Ucrânia lhe tenha dado as costas na última votação das Nações Unidas, ao se abster de condenar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de 60 anos.

Para mostrar ao mundo esse belo ato de amor com os filhos de Chernobyl, seu diretor baseou-se em uma dezena de depoimentos de personalidades e, claro, de duas das muitas crianças ucranianas que sobreviveram à tragédia.

‘Fomos aprendendo espanhol aos poucos. Fizeram vários estudos médicos, fui diagnosticado com um tumor maligno na hipófise’, Alexandr Savchenko é ouvido no filme, e era tão jovem que na época não entendia a gravidade de sua situação. Cuba o marcou para toda a vida, tanto que ficou na ilha estudando estomatologia.

Com as imagens de uma ilha que passava por um momento muito complexo conhecido como ‘período especial’, e de um Fidel que estava com essas crianças desde o primeiro momento, também se ouve o depoimento de Vladimir Rudenko.

O pior, diz ele, foram as sessões, a retirada da medula espinhal, o tratamento. Em Cuba também se hospedou, estudou a carreira de tradutor e ali conheceu o amor de sua vida.

Para Paola Gallo, presidenta da EFAC, este filme é uma história de solidariedade muito comovente. ‘Quando começamos a fazer Tarará, não sabíamos que viria uma pandemia, mas sabíamos que esta crise civilizacional tinha pouco tempo para começar a impactar a humanidade globalmente’, disse à Prensa Latina.

‘Constatamos que a história de mais de 60 anos de internacionalismo cubano é de esperança para esse futuro incerto de hoje’, destacou Gallo após acrescentar que o encontro com este testemunho dos filhos de Chernobyl em Cuba transformou humanamente seus cineastas e os encheu de força para continuar contando ainda mais histórias que enchem o mundo de esperança e amor.

O presidente do Espaço frisou que o documentário reúne aquela epopéia de curar, educar, cuidar, amar as crianças afetadas pela maior tragédia nuclear que já se registrou na humanidade, no momento mais difícil de um povo que se encarregou de protegê-las.

‘Cuba tirou seu pedaço de pão e o repartiu com aquelas crianças e suas famílias. Deu-lhes a melhor saúde, educação, encheu-os de amor, acompanhou-os por toda a vida e Tarará conta essa história’, disse.

Da mesma forma, o diretor da EFAC disse que investigar essa história foi como abrir um portal para o futuro. ‘Este documentário chega em um momento chave em meio a uma pandemia que coloca problemas globais que precisam de soluções e nas máximas morais que acompanham a Revolução Cubana, dá amor e um ‘que fazer’ ao futuro para que se encha de esperança’, ele comentou.

Ao destacar o trabalho dos médicos cubanos, Gallo disse que hoje a brigada internacional Henry Reeve, que ajudou a salvar vidas nos lugares mais remotos na época de Covid-19, carrega consigo o legado dos profissionais de saúde que estiveram com crianças ucranianas em Tarará.

‘Cuba é única na história da humanidade. Nos sentimos privilegiados por poder contar esta epopéia de como a dor, a tristeza e a angústia podem se transformar, mostrando à humanidade que existe um outro mundo possível e que a Cuba socialista e revolucionária tem travado uma batalha para que esse farol nunca se apague’, concluiu.

ga/may/cm

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