Ontem à noite, às 23h59, horário local, expirou o prazo concedido pelo Serviço Eleitoral (Servel) para o registro dos candidatos presidenciais e também das listas de parlamentares, que também serão eleitos nessa data.
Já haviam sido inscritos automaticamente após vencer nas respectivas eleições primárias Gabriel Boric para o bloco de esquerda Aprovo Dignidad, e Sebastián Sichel para a coalizão governista Chile Vamos, que agora aparece como Chile Podemos + para a corrida presidencial, buscando uma mudança de imagem.
A eles juntou-se a senadora da Democracia Cristã Yasna Provoste, que no sábado foi a vencedora da consulta popular realizada pela unidade constituinte de centro, na qual derrotou a socialista Paula Narváez e o presidente do Partido Radical, Carlos Maldonado.
Neste dia, o economista Franco Parisi, indicado pelo novo Partido de La Gente (PDG), considerado de centro-direita, do qual é fundador e que tem representação em todo o país e 31.712 filiados, inscreveu-se como candidato.
Parisi não é uma pessoa improvisada na luta eleitoral, pois já concorreu às eleições presidenciais de 2013, quando obteve 660 mil votos no primeiro turno, 10 por cento do total. Da mesma forma, o ultra-direitista José Antonio Kast, do Partido Republicano e considerado ‘o Bolsonaro chileno’, também compareceu à sede da Servel.
O economista Gino Lorenzini, fundador da polêmica assessoria financeira ‘Felices y Forrados’, que este ano encerrou suas atividades em meio a denúncias de má gestão, também é apresentado como independente.
Outro nome conhecido da lista é o do líder do opositor Partido Progressista Marco Enríquez-Ominami, naquela que seria sua quarta candidatura ao La Moneda.
Após obter as assinaturas necessárias em uma corrida contra o tempo, Diego Ancalao, autônomo de origem mapuche indicado pela Lista do Povo, formado por pessoas que se destacaram nos protestos populares a partir de 18 de outubro de 2019, conseguiu se cadastrar.
Da mesma forma, e com grande exibição de seus seguidores ao redor da Servel, Eduardo Artés Brichetti aderiu, promovido pela União Patriótica do Chile, a um conglomerado de movimentos de esquerda, e que já concorreu como candidato nas eleições de 2017.
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