‘O México tem sido um ponto de inflexão; uma parte da oposição mais beligerante assume o fim do governo provisório (de Juan Guaidó) e a justificativa das sanções’, disse Monedero ao falar no fórum Diálogos na Venezuela: Chaves para um novo ciclo político, organizado pelo Instituto Samuel Robinson.
O político e acadêmico destacou que as conversas podem trazer soluções para os problemas da nação sul-americana, incluindo o fim das medidas coercitivas unilaterais implementadas pelos Estados Unidos e seus aliados.
‘É muito difícil continuar operando sanções econômicas contra a Venezuela quando o governo e a oposição se reconhecem, dialogam’, enfatizou o professor de Ciência Política da Universidade Complutense de Madri.
Ele enfatizou que a posição mais decente é apostar no diálogo entre o Executivo venezuelano e a oposição, um processo que também aponta para a via eleitoral e à soberania.
Monedero também destacou que a Espanha deve apoiar o processo de aproximação entre as forças políticas do país sul-americano.
No dia 13 de agosto, o Governo da Venezuela e a chamada Plataforma Unitária da oposição assinaram o memorando de entendimento que vai reger as negociações no México, elaborado com a mediação da Noruega e o apoio da Rússia e da Holanda.
As negociações buscarão finalizar acordos na área de direitos políticos, garantias eleitorais e um calendário para eleições observáveis.
Da mesma forma, as partes abordarão o fim das medidas coercitivas unilaterais implementadas contra a Venezuela, a restauração do direito aos bens, a renúncia à violência e a resposta às suas vítimas e as garantias de implementação, monitoramento e verificação do acordado.
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