26 de April de 2024
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Guerra midiática, uma ponta de lança para a intervenção

Guerra midiática, uma ponta de lança para a intervenção

Havana, 9 ago (Prensa Latina) A guerra midiática norte-americana contra Cuba e outros países busca preparar as condições subjetivas para legitimar uma intervenção, advertiu hoje o advogado e político boliviano Hugo Moldiz.

Em entrevista à Prensa Latina, via internet, a Moldiz abordou diversos temas, como o uso de redes sociais e da mídia para atacar governos, a campanha para impor um ‘corredor humanitário’ a Cuba e a cumplicidade da OEA com a estratégia americana para a região.

‘Os Estados Unidos estão desenvolvendo o conceito de guerra total e permanente contra Cuba, Venezuela, Nicarágua e outros países, e um de seus componentes é a guerra não convencional da mídia, na qual a mente se torna o campo de batalha’, disse ele.

‘É – disse ele – a guarda avançada, a ponta de lança onde as condições subjetivas dentro do país a serem intervencionadas estão preparadas.

De acordo com o pesquisador e jornalista, os distúrbios de 11 de julho na maior das Antilhas foram uma cabeça de praia para um plano intervencionista, mas assim como em 1961, com o ataque a Girón, o povo demonstrou mais uma vez que pode derrotar a contrarrevolução.

Hugo Moldiz condenou as campanhas de promoção de um chamado corredor humanitário através dos hashtags #SOSCuba e #SOSMatanzas, e as declarações do presidente americano Joe Biden, que descreveu Cuba como um estado fracassado.

‘Todos sabemos que a proposta de um corredor humanitário é na verdade parte de uma estratégia político-militar intervencionista. Esta tem sido uma constante na história dos Estados Unidos na América Latina e no mundo. A política externa dos EUA não costuma variar muito a este respeito’, disse ele.

Para o político boliviano, ‘os Estados Unidos não acreditam no equilíbrio de poder, como o próprio ex-secretário de Estado Henry Kissinger reconheceu em seu livro ‘Diplomacia’, e na medida em que não acreditam nisso, acreditam que são os senhores e proprietários da América Latina e do Caribe’.

A Moldiz também se referiu às recentes declarações do Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, que fez eco à campanha para desestabilizar Cuba.

‘O que este representante está fazendo é pensar no mundo de um ponto de vista norte-americano. Longe do sonho até mesmo de um nacionalista de direita como o ex-presidente francês Charles de Gaulle, que disse que os europeus deveriam pensar a partir da Europa e não dos Estados Unidos’.

Moldiz foi ministro do governo da Bolívia em 2015 e, após o golpe contra o presidente Evo Morales em novembro de 2019, foi forçado a procurar asilo na embaixada mexicana em La Paz, onde permaneceu por um ano junto com vários funcionários, aos quais foi negado o salvo-conduto para deixar o país pelo regime de facto.

Em sua conversa com a Prensa Latina, ele refletiu sobre as recentes declarações do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que propôs a substituição da Organização dos Estados Americanos (OEA) por um órgão autônomo, não um lacaio de ninguém.

‘O que o Presidente López Obrador propôs é um desejo latino-americano. A OEA tem se mostrado absolutamente ineficiente e, sobretudo, cúmplice da estratégia norte-americana para o continente’, lembrou ele.

Entre os exemplos que ele citou estão o apoio da OEA aos governos da doutrina de segurança nacional nos anos 60 e 70 e sua cumplicidade com as invasões norte-americanas do Panamá, República Dominicana e Granada, bem como com a agressão britânica contra a Argentina nas Ilhas Malvinas.

Diante deste cenário, declarou, é necessário fortalecer a Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (CELAC) como um espaço regional sem a presença do Canadá ou dos Estados Unidos.

O político boliviano defendeu a substituição da OEA por um órgão autônomo que respeite o princípio da não-intervenção, da não-interferência e da autodeterminação dos povos, e que leve adiante uma integração emancipatória e não uma de subordinação.

mem/car/bm

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