O pugilista Andy Cruz selou com uma luta de ouro no último dia de competição, a louvável participação cubana na capital japonesa, no domingo, 8, onde conquistou sete medalhas de ouro, três de prata e cinco de bronze.
Assim, ficou entre as primeiras 15 nações participantes entre as 93 que obtiveram pelo menos uma medalha de bronze, um recorde para os Jogos, e superou os resultados de Beijing 2008 (3-10-16), Londres 2012 (5-3 – 7) e Rio de Janeiro 2016 (5-2-4).
Este resultado ratificou Cuba como o segundo país com maior número de prêmios em todo o continente americano da história (85-71-88), atrás dos Estados Unidos, e líder entre todas as nações de língua espanhola.
Entre os marcos da delegação olímpica cubana em Tóquio, destaca-se o já lendário Mijaín López que fez história ao conquistar a quarta medalha de ouro consecutiva na luta greco-romana, único gladiador com quatro títulos em eventos de verão.
Na final da divisão até 130 kg do estilo greco-romano, o cubano venceu o georgiano Lakobi Kajaia por um placar de 5 a 0.
Prestes a completar 39 anos, Mijaín López, ‘El Niño’ de Herradura, Pinar del Río, mostrou que ainda não tem rivais em seu esporte, ao vencer de forma avassaladora na capital nipônica sem abrir mão de um único ponto em quatro lutas.
Com sua quarta medalha de ouro, o ‘Gigante de Herradura’ entrou na glória do Olimpo com os norte-americanos Carl Lewis (velocista e saltador), Al Oerter (discóbolo) e Michael Phelps (nadador), que até então eram os únicos atletas com quatro jogos olímpicos consecutivos títulos no mesmo esporte.
Também exaltados com um recorde olímpico incluído, os cubanos Serguey Torres e Fernando Jorge venceram uma competição espetacular ao vencer a China e a Alemanha na canoagem de C2 1000 metros nos segundos finais, para mostrar no peito o que era na época a terceira medalha de ouro para Cuba em Tóquio 2020.
A dupla cubana marcou 3:24.995, seguida dos chineses Liu Hao e Pengfei Zheng, com 3:25.198, e dos alemães Sebastian Brendel e Tim Hecker, com 3:25.615. Os brasileiros Jacky Nascimento e Isaquias Queiroz ficaram em quarto lugar (3:27.603).
Julio César la Cruz sagrou-se bicampeão olímpico ao conquistar a coroa do boxe nos 91 kg, esporte em que seus compatriotas Roniel Iglesias (69 kg), Arlén López (81 kg) e Andy Cruz (63 kg) também contribuíram para o ouro no ringue japonês.
O primeiro a conquistar o ouro para a delegação cubana em Tóquio foi Luis Alberto Orta, lutador de estilo greco-romano que venceu todas as lutas até 60kg.
Além dos vencedores de prata e bronze, outros atletas da Ilha foram distinguidos com o Diploma Olímpico por terem chegado à final nas respetivas modalidades.
Assim, Cuba terminou na etapa 14 no quadro de medalhas por países, entre 93 nações que conquistaram pelo menos uma medalha de bronze, número recorde acima de 86 no Rio 2016; 85 em Londres 2012 e 87 em Beijing 2008, evidenciando a rivalidade competitiva generalizada no mundo de hoje.
Aqui estão todos os medalhistas cubanos em Tóquio 2020
Ouro
-Mijaín López – Luta (luta greco-romana, 130 kg)
-Luis Alberto Orta – Luta (luta greco-romana, 60 kg)
-Serguey Torres e Fernando Dayán Jorge – Canoagem velocidade (C2 1000 m)
-Roniel Iglesias – Boxe (69kg)
-Arlén López – Boxe (81 kg)
-Julio César la Cruz – Boxe (91kg)
-Andy Cruz – Boxe (63kg)
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Prata
-Idalys Ortiz – Judo (+78 kg)
-Juan Miguel Echevarría – Atletismo (salto em distância)
-Leuris Pupo – Tiro (pistola de tiro rápido masculino 25m)
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Bronze
-Rafael Alba – Taekwondo (+80 kg)
-Maykel Masso – Atletismo (salto em distância)
-Yaimé Pérez – Atletismo (lançamento de disco)
-Lázaro Álvarez – Boxe (57kg)
-Reineris Salas – Luta (estilo livre, 97 kg)
mh / hb
