O coordenador principal da iniciativa, Carlos Lazo, disse à Prensa Latina que, ao entregar o pedido de suspensão das sanções na ilha, conversou com a subsecretária adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Emily Mendrala.
Explicamos à governante a necessidade de reativar a embaixada de Washington em Havana, de normalizar os serviços consulares e de retomar o programa de reunificação familiar, afirmou o ativista em declarações exclusivas a esta agência de notícias.
Da mesma forma, destacamos a importância de restaurar os voos dos Estados Unidos para todas as províncias cubanas, de eliminar as restrições que impedem os cidadãos norte-americanos de visitar a ilha e de facilitar o envio ilimitado de remessas à nação caribenha, acrescentou. Segundo Lazo, o respeito prevaleceu na reunião e naquele ambiente se refletiram sobre o custo político que poderia ter a estratégia de tentar convencer os que votaram contra Biden nas eleições presidenciais para se juntar agora ao lado dos democratas diante do eleições legislativas de meio mandato em 2022.
‘Pode ser uma má decisão’, disse o professor cubano-americano, que acredita que o presidente deve cumprir sua promessa de campanha para restaurar a política do ex-chefe de Estado, Barack Obama (2009-2017), período em que o atual presidente era vice-presidente.
‘Se você escolher esse caminho, seu legado será de paz, de construção do diálogo, caso contrário, deixará uma marca de destruição não só para os povos de Cuba e dos Estados Unidos, mas também para o seu Partido Democrata por quebrar sua palavra’ frisou o líder do Puentes de Amor.
Por sua vez, Mendrala afirmou que vai transmitir tais preocupações para que essas 27 mil vozes sejam ouvidas.
Lazo, que está nesta capital desde o último domingo aonde chegou depois de uma caminhada de dois mil quilômetros de Miami, na Flórida, conversa hoje com políticos e com a imprensa norte-americana sobre a necessidade de acabar com o bloqueio, reforçado no meio da pandemia da Covid-19.
Na véspera, ele abordou o senador republicano Ted Cruz, uma das figuras mais representativas do lobby anticubano nos Estados Unidos, fora do Capitólio e pediu-lhe que mudasse de posição em relação ao país caribenho, sem intervenção.
Ações de solidariedade como as do Puentes de Amor surgem enquanto a nação do norte aproveita a difícil situação econômica de Cuba causada pelo cerco de Washington e a situação sanitária relacionada à doença para promover uma campanha de desestabilização, denunciam as autoridades cubanas.
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