O médico e professor, a quem a imprensa chama ‘Sr. Vacina’ do país, alertou para o risco real de um novo surto se pelo menos 75% da população não estiver protegida contra o coronavírus SARS-CoV-2 e as suas variantes.
Em declarações ao semanário Le Journal du Dimanche, lembrou o desafio que o regresso às aulas e ao trabalho representará após as férias de verão, dado o avanço da mutação Delta do patógeno, o aumento dos contatos humanos e as temperaturas mais favoráveis à propagação do vírus.
Fischer, em particular, pediu aos jovens que se vacinassem, em meio a uma queda na taxa de imunização em solo francês, onde 34 milhões de pessoas receberam pelo menos a primeira dose, mais da metade da população, e 23 milhões receberam ambas as doses, ou seja 34,5%.
Depois de atingir a meta de 30 milhões de franceses no início do mês passado com pelo menos uma injeção contra a Covid-19, o governo estabeleceu a meta de proteger totalmente 35 milhões até o final de agosto.
A batalha será mais difícil com pessoas entre 18 e 40 anos, pois as projeções apontam que até sete em cada 10 delas serão vacinadas, o que é insuficiente, já que para a imunidade de rebanho precisamos atingir 75% da população protegida,’ avisou.
Para o especialista responsável pela estratégia de imunização, se a chamada imunidade de rebanho não for alcançada, o cenário se traduzirá em infecções, internações e óbitos, e, portanto, em novas restrições, como fechamento de estabelecimentos e reconfinamento.
A vacinação obrigatória começa a soar mais alto na França, embora no momento o governo apenas pareça disposto a estabelecê-la para o pessoal de saúde.
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