Ele argumentou que mesmo sem a chegada dessa cepa detectada originalmente na Índia, o país sul-americano está em situação de perigo com ‘uma importante circulação comunitária’ do patógeno.
Ponzo, membro do Grupo Interdisciplinar Uruguaio para Análise de Dados Covid-19, destacou que ‘o papel da vigilância da fronteira é fundamental considerando os estrangeiros e uruguaios que retornam ou visitam aqui nesta data.
Em diálogo com o Portal de Montevidéu, disse que ‘o efeito desta variante foi visto em locais que vacinam com Pfizer, Moderna, AstraZeneca porque’ qualquer que seja a vacina, a Delta é uma ameaça ‘, frisou.
O especialista em Medicina de Família aludiu à Organização Mundial da Saúde que aguarda até segunda-feira, 5 de julho, para apurar se o aumento nos casos de Covid-19 se deve ao efeito delta, isolado ou globalmente.
Ele afirmou que alguns indicadores da pandemia caíram nas últimas semanas no Uruguai, entre os quais citou casos, óbitos, gravidade e internações em terapia intensiva.
Mas acrescentou que ‘há um afrouxamento, uma sensação de tranquilidade porque estamos melhorando, mas ainda estamos em uma situação difícil, pois estamos aumentando a mobilidade’.
Ele considerou importante aplicar políticas de qualidade no sistema de informação, manter a vigilância genômica tanto quanto possível e controles rígidos na entrada no país das pessoas que viajam.
O professor percebeu ‘uma combinação que não é boa, de vírus circulantes e pessoas imunizadas, e qualquer atividade que aumente a exposição, o contato interpessoal é um perigo’.
Em relação à reabertura de programas públicos, recomendou focar em ‘quais são os protocolos eficazes que podemos seguir e como fazer com que resultem na adesão que precisam para serem eficazes’.
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